Realizou-se, hoje, na Biblioteca Municipal de Valongo, uma entrega simbólica de 621 livros e 180 tablets aos seis agrupamentos de escolas do concelho.
A oferta do município foi feita no âmbito do projecto de combate ao insucesso escolar “MAIS VAL – Melhores Aprendizagens, Inovação e Sucesso em Valongo” que quer diminuir o número de alunos com negativas e as taxas de retenção no 1.º e 2.º ciclos para “não deixar ninguém para trás”.
A autarquia acredita que a leitura pode ser um mote para provocar a mudança. “As pessoas que lêem são diferentes enquanto cidadãos e um aluno com hábitos de leitura não é um aluno igual”, defendeu José Manuel Ribeiro. “O meu elevador social foi a escola”, salientou o presidente da Câmara, lembrando que, em breve, todas as escolas do primeiro ciclo terão laboratórios de aprendizagem, designadas de salas do futuro.
Para os agrupamentos de escolas este reforço de livros e oferta de tablets constituiu uma mais-valia. “Este é um melhoramento importante da Biblioteca escolar. Os alunos ainda gostam de ler e as bibliotecas têm um papel determinante como centro de recursos”, afirmou Virgínia Varandas, directora do Agrupamento de Escolas de Campo. “Os tablets são uma novidade e serão uma mais-valia até porque o projecto MAIS VAL vai exigir muito trabalho a nível informático. Este conjunto vai rodar por todas as nossas escolas”, informou.
Marília Cardoso, adjunta da direcção do Agrupamento Vallis Longus concorda. “No nosso agrupamento há uma taxa de empréstimo domiciliário de livros elevada, mesmo nos meninos do primeiro ciclo”, explicou. Por isso, destaca a importância de ter livros novos que atraiam os mais novos que são “cada vez mais exigentes”, sobretudo quando a escola tem poucas verbas para investir nessa área. O agrupamento, com nove bibliotecas escolares, já tinha adquirido alguns tablets, que não chegavam para todos. “Mas agora vai ser possível chegar a mais alunos e eliminar essa diferenciação”, acredita.
Cada agrupamento recebeu 28 tablets, num investimento de 60 mil euros, apoiado por fundos comunitários. Já para as bibliotecas escolares foram atribuídos 200 euros por escola, um montante que José Manuel Ribeiro promete aumentar para os 300 euros no próximo ano. Foram adquiridos 621 exemplares num investimento de cerca de seis mil euros.