Face à guerra na Europa e à crise inflaccionista, e dado que o próprio Governo e alguns municípios já tomaram “medidas reais” para apoiar os que vivem com maiores dificuldades, Leonel Vieira, eleito pela coligação Acreditar Lousada (PSD/CDS-PP), aproveitou a última Assembleia Municipal para propor um conjunto de soluções que gostariam de ver adoptadas pela Câmara de Lousada, para ajudar “as famílias e empresas de Lousada”.
“Ainda não vimos o actual executivo camarário tomar qualquer medida”, referiu o deputado municipal.
Assim, apelou a que no próximo ano a autarquia congele o aumento das rendas nas habitações sociais do Município; não aumente o preço da água, do saneamento, nem da taxa dos resíduos sólidos urbanos e que alargue o âmbito da tarifa social para beneficiar mais agregados familiares; que não haja em 2023 qualquer aumento em todas as taxas e licenças aplicadas pelo Município; e ainda que seja devolvido aos cidadãos de Lousada 50% do IRS a que o Município tem direito.
Pedro Machado, presidente da Câmara de Lousada prometeu que estas medidas serão ponderadas, mas deixou um aviso. “Confesso que estou muito preocupado com o que aí vem em função da instabilidade que referiu, da guerra e da crise inflaccionista, e do aumento de custo daquilo que vai ser a despesa corrente do município”, referiu. O autarca apontou como exemplo o aumento de custos com a electricidade nas piscinas municipais, algo que se vai estender aos outros equipamentos do município. “Os tempos que aí vêm vão ser de grande dificuldade não só para os cidadãos e empresas, mas também para as câmaras municipais. Mas vamos ponderar o que será possível”, frisou.