Durante a campanha eleitoral das últimas eleições autárquicas, apresentei publicamente uma proposta que tinha como objectivo a criação de medidas de segurança rodoviária por todo o concelho. Recordo-me bem que na altura esta medida foi desvalorizada e ridicularizada pelo candidato do PS, Dr. Humberto Brito. Note-se que uma das bandeiras do candidato do PS (a merecer honras de outdoors) foi a requalificação de várias dezenas de km durante o seu mandato.
Ao juntar estas duas “peças” do puzzle, facilmente se conclui que a aposta na requalificação das rodovias concelhias não tinha outro objectivo que não fosse eleitoral, pois se o interesse fosse fazer uma requalificação adequada, a reação à minha proposta teria que ser outra.
O alheamento por parte do PS de Paços de Ferreira para as questões básicas de segurança como sinalética vertical e horizontal de segurança ou lombas limitadoras de velocidade “obrigou” o PSD a lançar vários alertas sobre o assunto, não apenas nas redes sociais como na primeira Assembleia Municipal ordinária do corrente mandato.
Esta nossa preocupação tinha razão de ser, senão atente-se aos dramáticos números do nosso concelho a que tive acesso junto de entidade responsável pela sua contabilização:
- Em 2017 ocorreram no concelho de Paços de Ferreira mais de 400 acidente rodoviários, dos quais 16 resultaram em atropelamento de peões. Destes atropelamentos resultaram 1 morto, 2 feridos graves e 22 feridos ligeiros;
- Até à presente data, no ano de 2018 já ocorreram mais de 100 acidentes de viação nos quais 8 tiveram o atropelamento de peões, tendo resultado 1 ferido grave e 8 ligeiros;
Quantos mais acidentes destes vão ter que ocorrer para que a complacência para este assunto da maioria PS que governa Câmara Municipal desapareça? Ou vamos ter que aguardar que as eleições autárquicas de 2021 cheguem mais depressa para se resolver um claro problema de âmbito público que, infelizmente, nos pode “tocar” a todos?