Já foram iniciados os trabalhos para “a elaboração dos planos de negócios para sete novas Unidades Locais de Saúde (ULS)”, avança o ministério da Saúde, salientando que o Centro Hospitalar Universitário de São João, em conjunto com os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Porto Oriental e o Maia/Valongo, irão constituir a primeira ULS que integra um Centro Hospitalar Universitário.
Com estas novas unidades, serão asseguradas “respostas em saúde a mais de metade da população”, sustenta a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE SNS).
Em comunicado, aquele organismo aponta que, no Norte, irão ser constituídas as ULS de São João, Vila Nova de Gaia/Espinho e Barcelos e, no Centro, acrescentam-se as unidades de Dão Lafões (Tondela e Viseu) e do Baixo Mondego (Figueira da Foz).
Já na região de Lisboa e Vale do Tejo irão ser criadas as Unidade Locais de Saúde do Estuário do Tejo (Vila Franca de Xira) e do Médio Tejo.
Diz ainda a DE SNS que “estão em fase adiantada de elaboração os planos de negócios de 12 Unidades Locais de Saúde”.
As restantes oito que se encontram a terminar os processos, até ao final do mês de Abril, são as unidades do Alentejo Central, da Arrábida, de Almada-Seixal, da Lezíria, do Arco Ribeirinho, da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, do Médio Ave e de Braga.
O SNS justifica que esta organização e planeamento traz “relevantes ganhos em saúde, através da optimização e integração de cuidados, da proximidade assistencial, da autonomia de gestão, do reforço dos cuidados de saúde primários, sempre com o foco nos utentes”, sublinhando que “a articulação com as autarquias e o papel do poder local vai ser reforçado com esta estratégia”.
“A articulação com as autarquias e o papel do poder local vai ser reforçado com esta estratégia”, refere o Governo, sendo que esta nova abordagem implica uma “reorganização” das instituições do SNS, “que passam a assumir a resposta assistencial ao nível dos cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares de forma integrada, de acordo com o modelo de unidade local de saúde”.
“A abordagem vai definir a reorganização da arquitetura orgânica das instituições do SNS, que passam a assumir a resposta assistencial ao nível dos cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares de forma integrada”, afirma.
A direção executiva considera ainda ser “fundamental” para “promover a integração, com maior proximidade das instituições, numa mesma área geográfica, melhorando a participação dos cidadãos, das comunidades, dos profissionais e das autarquias na definição, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, maximizando o acesso e a eficiência do SNS”.
O plano de negócios irá incluir a análise dos impactos clínicos e financeiros desta forma de organização, assegurando os ganhos em saúde gerados pela integração de cuidados, pela proximidade das decisões, pelo incremento da autonomia das novas instituições, promovendo os cuidados de saúde primários como a base do sistema, fornecendo os meios e os recursos necessários para a sua missão, acrescenta.
“Dez anos depois da criação da última ULS, assiste-se agora a uma revolução neste processo, liderada pela DE-SNS, que irá acompanhar o processo de conclusão das Administrações Regionais de Saúde (ARS), o qual deverá estar terminado até final do ano de 2023”, lê-se no comunicado.