«Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7). Este é o lema que o Papa Francisco escolheu para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Cracóvia no próximo mês de Julho. E, baseando-se nesta frase evangélica, escreveu uma mensagem muito actual e inspirativa para os jovens dos cinco continentes.
Vale a pena ler a mensagem com calma e meditá-la com profundidade, porque é uma magnífica “luz” para entender muitas das angústias e perplexidades dos nossos dias.
Com a escolha deste lema, a JMJ entronca perfeitamente no Ano Jubilar da Misericórdia que a Igreja Universal está a viver. Torna-se, como nos diz o Papa, um verdadeiro jubileu para os jovens dos mais diferentes países e culturas unidos pela mesma fé.
Olhando para as anteriores JMJ’s, não cabe a menor dúvida de que este megaevento ― quer apareça nos meios de comunicação, quer não ― será um momento alto deste Ano 2016.
Mas, afinal, o que é um Ano Jubilar?
Parafraseando o próprio Papa, é um tempo extraordinário de graça. É uma ocasião para despertar no coração a capacidade de não se esquecer do que é essencial na vida. E se há algo que o homem moderno parece ter esquecido é que sem misericórdia não vai a lado nenhum. Não consegue manter nenhum relacionamento. Não alcança fazer desaparecer o mal que angustia e entristece.
A misericórdia é o motivo principal da acção salvadora de Deus. Nenhum de nós se salva sem a acolher e sem a viver com o próximo. Tocados por essa compaixão, podemos e devemos chegar a ser misericordiosos com todos, especialmente com os mais necessitados: os pobres, os doentes e todos aqueles que sofrem.
Para amar a Humanidade em geral basta a retórica. Para amar de verdade o próximo é necessário acolher a misericórdia de Deus na nossa vida.