Educar não é uma técnica. Nem é um conjunto mais ou menos abrangente de saberes que se procuram conhecer e pôr em prática. Educar é, essencialmente, uma arte. Um dom. Uma habilidade que necessitamos cultivar.
É ou não é uma arte saber conjugar exigência e compreensão? Constância e flexibilidade?
Não será uma habilidade saber corrigir sem humilhar? Manter a autoridade sem autoritarismos? Educar no esforço pessoal sem cair em falsos ternurismos?
Educar é, ao mesmo tempo, uma tarefa de suma beleza. Porque transmite com eficácia e sem traumas os “valores” que a Humanidade acumulou durante séculos. Valores que humanizam a pessoa porque a tornam precisamente mais humana.
Não existe nenhuma educação que seja perfeita. Também com os erros que cometemos podemos aprender e devemos melhorar. Só necessitamos de humildade, boa vontade e ânimo para não desistir.
Porque educar é uma missão de primeiríssima categoria. Possui uma transcendência difícil de avaliar ― em primeiro lugar para cada um de nós!
Ninguém educa os outros sem se educar ao mesmo tempo a si mesmo. E da educação que damos a nós mesmos dependem coisas grandes: o modo como vivemos aqui e o modo como viveremos depois.
Vale a pena dedicar tempo a pensar nesta tarefa, que possui uma enorme influência na felicidade de cada um de nós!
No entanto, dizer que educar é uma arte não é a mesma coisa que dizer que é algo espontâneo. Não basta o bom senso para educar ― sobretudo se queremos educar bem! É necessário tempo real de reflexão. Para isso, a leitura de bons livros é imprescindível.
Como dizia Bento XVI, vivemos numa situação de grande emergência educativa. E é tarefa de todos enfrentar este grande desafio.