O Mosteiro de Paço de Sousa, em Penafiel, integra um processo de candidatura em curso de sete mosteiros beneditinos do Norte a Património Cultural da Humanidade da UNESCO.
Segundo a RTP, trata-se de uma iniciativa da Direcção-Regional de Cultura do Norte em parceria com outros seis municípios que envolve os mosteiros de Santa Maria de Pombeiro, em Felgueiras; Santo André de Rendufe, em Amares; São Bento da Vitória, no Porto; São Bento, em Santo Tirso; São Martinho de Tibães, em Braga; e São Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto.
Ao programa “Portugal em Direto”, António Ponte, director regional da Cultura do Norte, explicou que esta candidatura conjunta “resulta em grande medida da percepção de que as candidaturas em forma individual teriam pouco sucesso, como já previamente aconteceu”.
“A comissão nacional da UNESCO já afirmou em várias respostas que faria mais sentido uma candidatura do conjunto de mosteiros beneditinos da região”, referiu.
O processo, que teve início em 2017, será “longo”, admite, e implica cumprir um conjunto de condicionantes do ponto de vista legal. Desde logo, todos os monumentos terão, no caso de ainda não o serem, classificados como monumentos nacionais.
“Este processo tem uma relevância muito importante, porque induz um conjunto de estudos sobre estes bens patrimoniais e porque vai promover o reconhecimento e conhecimento destes bens patrimoniais por parte das populações. Para nós é relevante que a comunidade se aproprie deste património e ajudem na sua salvaguarda e conservação”, declarou António Ponte.
A classificação como Património Cultural da Humanidade cria ainda uma obrigação de salvaguarda e preservação futura, salientou.
Fundado no século X, o Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa foi um importante mosteiro beneditino. No interior da Igreja encontra-se o túmulo de Egas Moniz de Ribadouro, aio do rei D. Afonso Henriques. É monumento nacional e integra a Rota do Românico, sendo um dos elementos patrimoniais mais visitados.