A Câmara de Lousada divulgou, ontem, Dia Mundial do Turismo, os resultados do inquérito realizado sobre o impacto económico da Covid-19 no Turismo Local.
A partir das respostas de 31 empresas – 12 alojamentos turísticos, oito restaurantes, seis agências de viagens, um museu e quatro empresas de outros sectores de actividade – a autarquia traçou um retrato de como a pandemia tem afectado o sector.
Uma das conclusões é de que, no que concerne aos funcionários, 88,9% dos agentes económicos conseguiram evitar despedimentos e 70,8% destes estão confiantes de que vão conseguir manter o mesmo número de funcionários.
Segundo o município, apenas 12,9% dos agentes não encerrou temporariamente a actividade, sendo que na sua grande maioria o tempo médio de encerramento foi de dois meses.
Das respostas, foi possível estabelecer que 29% tiveram as maiores perdas em termos de facturação entre os meses de Maio de Julho, mas houve empresas (5%) que tiveram aumento de facturação.
“A maioria dos inquiridos refere estar a registar uma subida na procura dos seus espaços (71%), sendo que, no caso do alojamento 90,05% esta procura refere-se ao turista nacional e, no caso da restauração, 68,8% da procura é essencialmente de clientes locais/habituais. A maioria dos agentes económicos refere estar a sentir um aumento gradual no volume de negócios”, adianta a Câmara.
19,4% das empresas ponderou pedir insolvência
Em termos de apoios, 38,7% das empresas refere que recorreu ao layoff e, em 46,7% dos casos, este mecanismo foi aplicado a todos os funcionários. Só uma pequena fatia das unidades (22,6%) recorreu a outras linhas de apoio, com uma taxa de 66,7% de aprovação. Perante este cenário, 19,4% das empresas ponderou pedir insolvência.
Quanto às iniciativas governamentais de apoio, 66,7% consideraram-nas insuficientes e 26,7% satisfatórias.