Pode nascer em Paredes uma unidade de tratamento mecânico e biológico de lixo. Pelo menos, essa é uma das soluções que está em cima da mesa, quando fechar o aterro da Ambisousa, em Lustosa, algo que deverá acontecer nos próximos dois a três anos, informou o presidente da Câmara de Lousada, Pedro Machado, na última Assembleia Municipal.
Questionado sobre os problemas causados pelos aterros da RIMA e da Ambisousa no concelho, e sobre o constante adiamento do encerramento do aterro gerido pelos municípios, o autarca garantiu que quer sair da Câmara com esse “dossiê resolvido”.
“Ainda não anunciei nenhuma recandidatura, mas tenho alguns objectivos e um deles é esse. A Ambisousa está a trabalhar afincadamente em soluções porque sabemos que o prazo de vida útil daquele aterro está muito limitado. As informações que temos são que o aterro durará dois a três anos e não muito mais, até porque tem havido maior produção de resíduos no último ano”, explicou aos eleitos das diferentes forças partidárias.
Pedro Machado deixou ainda uma garantia: esgotando-se as capacidades dos aterros da RIMA e da Ambisousa “acabou”. Irão encerrar e não haverá mais nenhum aterro no concelho.
Por isso, estão a ser trabalhadas outras soluções. “Uma das que, ao tudo indica, vai avançar é uma unidade de tratamento mecânico e biológico que à partida ficará instalada em Paredes para onde todos os resíduos vão ser encaminhados. Essas unidades fazem um processo de separação de algum material que apesar de ter sido colocado nos contentores de resíduos sólidos urbanos (RSU) ainda tem potencial reciclável, nomeadamente os plásticos e metais, e retira toda a carga orgânica para fazer composto”, resumiu o autarca.
O presidente da Câmara de Lousada referiu ainda que “isso resolve o problema em 70 a 80%, no máximo, portanto há ali ainda uma percentagem que necessita na mesma de uma solução que poderá passar por um novo aterro, que não será seguramente em Lousada em lado nenhum, e que poderá ser por exemplo uma parceria com a Lipor, que tem capacidade instalada”.
Segundo Pedro Machado, mal sejam encerrados os aterros existentes no concelho serão selados, como prevê a lei, e será feito o seu tratamento paisagístico. “É só esperar pelo encerramento e avançar com as obras para que o espaço passe a ser aprazível. Há verbas para isso”, adiantou.
Na última Assembleia Municipal, o eleito do PSD, Soares Carneiro, questionou se iria ser instalado no concelho um centro de triagem de lixo e onde, a ser verdade. Alexandre Almeida, presidente da autarquia, disse que o único centro de triagem existente no concelho era em Cristelo e que não sabia a que outro o social-democrata se referia.