O vice-presidente da Câmara de Paredes, Francisco Leal, anunciou, hoje, em reunião de câmara, que a antiga Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Paredes, à entrada da cidade, vai ser convertida em parque com capacidade para mais de 80 lugares de estacionamento.
O autarca realçou que o objectivo passa promover o estacionamento junto à estação de caminhos de ferro, alargando a oferta já existente, garantir a segurança dos munícipes que todos os dias se deslocam para o Porto e incentivar o uso do comboio como alternativa ao carro.
“Esse estudo já está em projecto. Queremos usar a antiga ETAR junto ao Rio Sousa, junto à estação de Paredes, transformando-a num parque de estacionamento de forma a que o comboio seja cada vez mais uma alternativa ao uso do carro. Temos consciência que as pessoas que utilizam o comboio também têm de estacionar os carros o que levanta problemas relacionados com o estacionamento”, disse, salientando que o estacionamento que já existe é exíguo.
“A antiga ETAR é um equipamento que vai ser entregue ao município e entendemos que a forma de o rentabilizar e, também, fazer com que cada vez mais munícipes usem o comboio era criar um espaço de estacionamento que permitisse aos cidadãos deixar as suas viaturas em segurança. Portanto, não é necessário esperar pela revisão do PDM é um projecto que vai entrar de imediato e que estará disponível para todos os munícipes dentro em breve”, frisou, sustentando que ele e o presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, já reuniram com os técnicos para elaborar o projecto e com a SimDouro para agilizar todo o processo.
Falando da capacidade do futuro parque de estacionamento, o autarca esclareceu que este terá uma capacidade superior a 80 lugares.
“Estamos a pensar numa reestruturação que dá cerca de 80 lugares, mas vai ultrapassar porque estamos a falar em toda a área. A SimDouro só ocupa um pequeno espaço o resto será tudo para estacionamento”, assegurou.
“Apesar de todas as criticas que foram feitas ao projecto, que foi amplamente discutido em Rebordosa, a verdade é que a construção da linha férrea está prevista e o município de Paredes já está a preparar-se”
Falando da revisão do Plano Director Municipal (PDM), que está em curso e respondendo a uma pergunta do antigo presidente da Junta de Freguesia de Parada de Todeia e actual presidente do FC Parada, o vice-presidente da Câmara de Paredes reconheceu a necessidade de acomodar, no âmbito da revisão do PDM, infra-estruturas que salvaguardem a linha já existente e preparem o concelho para aquilo que será a futura linha férrea do Vale do Sousa.
“Apesar de todas as criticas que foram feitas ao projecto, que foi amplamente discutido em Rebordosa, a verdade é que a construção da linha férrea está prevista e o município de Paredes já está a preparar-se para prever o canal por onde será desenvolvida a linha que ligará desde Gandra, Rebordosa, Lordelo, Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras. Da nossa parte o trabalho será feito e salvaguardado”, assumiu, reconhecendo que no âmbito da construção da linha férrea do Vale do Sousa as zonas de construção junto às estações e apeadeiros terão de ser revistas.
“Temos consciência de que os automóveis deixarão de ser uma alternativa para entrar nas grandes cidades, o comboio será, cada vez mais, uma alternativa assim como o metro e os transportes públicos e é essa a estratégia que teremos de implementar e daí fará algum sentido, também, nesta revisão do PDM, revermos as situações junto aos apeadeiros e estações. Aliás Paços de Ferreira e mesmo Lordelo apesar de terem auto-estradas, a verdade é que os custos de quem vai de automóvel para o Porto são bastante elevados”, sublinhou.