Os dados mais recentes da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviço de Águas e Resíduos mostram que as perdas de água no país se agravaram em 2017.
Segundo o último relatório, publicado em Dezembro, houve 256,6 milhões de metros cúbicos (m3) de água não facturada nesse ano, mais 15,7 milhões de m3 do que em 2016. Isso aumentou a percentagem nacional de 29,8% para 30,2%.
Quando se fala de água não facturada fala-se da água que é usada para regar jardins e piscinas, para fins públicos, ou da que se vai perdendo nas condutas envelhecidas até chegar à torneira do consumidor.
179 concelhos do país terminaram o ano de 2017 com um volume de água não facturada superior à média nacional, de 30,2%. É o caso de Macedo de Cavaleiros, Peso da Régua, Cabeceiras de Basto, Murça, Santa Marta de Penaguião, Chaves, Castanheira de Pera, Castelo de Paiva, Mação ou Moimenta da Beira, concelhos que perderam 70% ou mais da água comprada.
Muito abaixo destes números, mas acima da média do país, está Lousada, concelho em que 46,9% da água comprada para abastecer a população não foi facturada. Trata-se de um aumento em relação ao ano de 2016, quando a percentagem era de 45%.
Na generalidade houve agravamento de desperdício de água em todos os concelhos da região. Depois de Lousada é em Penafiel que se registam mais perdas, 27,8%. Segue-se Paredes, com 21,7%, Valongo, com 16,4%, e Paços de Ferreira, com 15,2%.
Água não facturada (dados da ERSAR) | ||
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Concelho | 2016 | 2017 |
Lousada | 45% | 46,90% |
Paços de Ferreira | 15% | 15,20% |
Paredes | 20,70% | 21,70% |
Penafiel | 24,60% | 27,80% |
Valongo | 15,40% | 16,40% |