A corporação dos Bombeiros Voluntários de Baltar está de luto pela perda de Daniela Silva, enfermeira que foi uma das quatro vítimas mortais do acidente com um helicóptero do INEM que caiu, este sábado ao final do dia, em Valongo.
Segundo o comandante da corporação, Delfim Cruz, a jovem de 34 anos entrou para os bombeiros aos 14 anos e “serviu a população e o socorro mais de 20 anos”, mantendo uma tradição na família, já que o pai é bombeiro do quadro de honra e a irmã também é bombeira da corporação.
“Sempre gostou do socorro e era exigente com ela e com os outros para que o socorro fosse sempre feito da melhor forma possível”, explica.
Apesar de ter deixado a corporação, por questões profissionais, no início deste ano, Delfim Cruz salienta: “era uma das nossas”. “Era muito acarinhada nos bombeiros e a saída custou-lhe muito”, refere.
“Morreu a fazer o que gostava que era o socorro”, salienta o comandante dos Bombeiros de Baltar. O quartel tem hoje as bandeiras a meia haste em sua honra.
O helicóptero do INEM em que seguia, com dois pilotos e um médico, partiu do Porto em direcção à base em Macedo de Cavaleiros e ia parar para abastecer em Baltar. Despenhou-se ontem à noite, na Serra de Santa Justa, em Valongo. Os destroços foram encontrados de madrugada e os corpos retirados durante o dia de hoje.
As câmaras de Valongo e Paredes já lamentaram o acidente e a perda de vidas.