O artista plástico Rui Chafes, que tem uma obra integrada no Circuito de Arte Pública de Paredes, é o vencedor da 29.ª edição do Prémio Pessoa. O prémio, no valor de 60 mil euros, distingue uma pessoa de nacionalidade portuguesa com uma “intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país” e foi, na sexta-feira, anunciado no Palácio de Seteais, em Sintra.
Rui Chafes é um escultor português nascido em Lisboa, em 1966. Formou-se em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, em 1989, seguindo depois para Dusseldorf, onde frequentou a Kunstakademie, sob a direção do artista alemão Gerhard Merz. Trabalha preferencialmente com o ferro, um material que evoca a cultura ibérica. A sua obra está presente em Paredes, integrando o Circuito de Arte Pública da cidade. A escultura Mundo de Fogo, de 2012, está colocada no jardim da Igreja Matriz. “Esta nuvem de fumo, de vapor (ou de fogo), eleva-se desde o interior da terra, permitindo ao espectador que a descobre tentar vislumbrar, na escuridão das profundezas, o reino de Hades, nos subterrâneos da terra. Esta obra é uma voz tenebrista que lembra a quem passa na rua, sob a claridade do sol, que as trevas nos acompanham sempre e são a nossa permanente e inevitável companhia, em contraponto com a luz celestial que nos envolve e nos chama. O Homem vive na fronteira entre a luz e a sobra”, assim a descreve Rui Chafes.