O escritor João Costa, natural de Paredes, conquistou o primeiro lugar na Gala de Autores da editora Cordel de Prata, na categoria de Literatura Infantil. O prémio Mensagem e Valores na Infância distinguiu o livro “Espero Ver-Te Florir” que revela como se explica algo tão duro e difícil como é a guerra a uma criança. A obra mostra assim uma dura realidade de forma doce, ternurenta e muito didática.
O autor reagiu a esta distinção dizendo que representou um “prazer imenso poder estar nos premiados nesta gala que foi absolutamente incrivel”, deixando a promessa de que vao continuar a trablhar para que “este livro continue a crescer e a chegar cada vez mais às nossas crianças, numa mensagem de paz e esperança neste momento tão dificil para a sociedade em tantas partes do mundo”.
João Costa, também autor de “Tomé o bicho pau”, tem 33 anos, nasceu em Sobreira, onde fez todo o seu percurso escolar. Depois, frequentou a secundária de Paredes. Nessa altura, idealizava ser “psicólogo”, porque era fascinado “pelas pessoas, e pelo contacto com elas”, como recentemente contou ao VERDADEIRO OLHAR. Mas a vida trocou-lhe as voltas ou talvez não. Quando foi aluno da professora Olívia Pena “surgiu o gosto pela ciência”, motivado, talvez, pelas sua prelecções e “aulas ao ar livre”. E foi aí a partir daí que iniciou o seu percurso na área ambiental. Mas neste seu caminho nunca esqueceu “a formação e as pessoas”.
O escritor, que também é engenheiro do Ambiente na Câmara Municipal de Paredes, conseguiu exercer uma actividade onde o ambiente, os sentimentos e os valores andam de mãos dadas. Contacta com crianças, fala de sentimentos, de valores e da preservação do meio ambiente, dá respostas aos milhares de perguntas que, todos os dias, os mais pequenos lhe fazem. É feliz assim. Como é feliz a escrever, a conceber ferramentas para tornar o planeta e o mundo melhores.
Pai de Duarte, o engenheiro escritor considera-se um homem de “pormenores”, tendo-nos revelado que “é fácil conseguir ser feliz”. E é-o, a trabalhar, a falar com crianças e jovens, a apreciar tudo o que o rodeia e a escrever. Na altura da entrevista, já tinha no computador outras páginas, de um outro livro centrado na “esperança de, um dia, voltar a florir”. E daí nasceu esta obra que agora recebeu esta distinção, porque João Costa sempre sonhou disseminar mensagens de amor, de amizade e de inclusão, com narrativas embrulhadas no ambiente. E tem conseguido.