A PSP recebeu em janeiro 260 denúncias relativas à mensagem “Olá pai, olá mãe”, uma burla que acontece por mensagem escrita, através da aplicação ‘WhatsApp’, tendo registado ainda mais de 360 crimes relativos a fraude informática e comunicações.
Os dados são da PSP e surgem a propósito da operação de prevenção “Internet Mais Segura”, que decorre até amanhã ,e que visou alertar para alguns dos riscos associados à utilização das novas tecnologias.
Segundo aquela força policial, houve um aumento destes crimes nos últimos anos, sobretudo a partir da pandemia, indicando que em 2023 a PSP registou 12 238 crimes de burla informática e comunicações, mais 10% do que no ano anterior. Também foram detidos 32 suspeitos.
Em 2019, ano anterior à pandemia havia registo de 6 758 crimes do género e detidos dois suspeitos, valor que disparou para 8.760, logo no ano a seguir.
O ano passado foram identificados 434 autores deste tipo de crimes e detidos 32 suspeitos.
No que diz respeito à burla “Olá pai, olá mãe”, a PSP refere que no ano passado foram registadas 4 389 denúncias.
Apesar de os idosos continuarem a ser as principais vítimas dos vários tipos de burlas, nos últimos anos estes crimes têm atingido outras vítimas.
A PSP destaca ainda que a melhor forma de a pessoa se certificar é ligar para o número de origem da mensagem, uma vez que os burlões não atendem e acabam por optar apenas pela comunicação através de mensagens escritas.
Para a prática deste crime, através de mensagem escrita maioritariamente através de ‘WhatsApp’ remetida de um número de contacto identificável, os suspeitos apresentam-se como familiar próximo (filho) da potencial vítima, argumentando que o telemóvel avariou ou se perdeu, que o contacto telefónico passa a ser aquele que estão a usar até comprar novo equipamento e pedem dinheiro (via transferência bancária ou envio por aplicação) para esta compra, ou reparação, considerando-a urgente.
Na mensagem é usada a fotografia do familiar da vítima pela qual se fazem passar, para credibilizar o contacto.