Os quatro administradores do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), que estão indiciados pelo uso idenvido de viaturas daquela unidade para benefício pessoal, quiseram prestar esclarecimentos ao juiz de Instruição Criminal, no início da fase de instrução, para negarem estas acusações.
A notícia é avançada pelo JN, que revela ainda que, numa sessão que decorreu no pavilhão anexo ao Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, os quatro elementos negaram ter conhecimento da ilegalidade do uso dos carros, justficando que apenas o faziam para deslocações entre as suas habitações e o hospital, em viagens de serviço ou em representação do conselho de administração.
Recorde-se que, 11 adminitradores do CHTS estão a ser investigados pelo Ministério Público, o que inclui o presidente Carlos Alberto Silva, assim como o seu antecessor, Carlos Vaz, que entre 2016 e 2918, terão usado carros de serviço para benefício pessoal, mesmo em férias em que era o hospital a pagar combustível e portagens.
Após uma denúncia anónima, a Inspeção-Geral das Ativiaddes em Saúde concluiu que cada um dos visados tinha um automóvel atribuído que usava em funções oficiais, mas também para fins pessoais.
Aquele organismo detetou ainda viagens em dias de descanso e férias, sendo que o combustível, portagens e estacionamento terão sido pagas pelo hospital.
A estimativa preliminar feita na investigação concluiu que o centro hospitalar, que gere os hospitais de Amarante e Penafiel, terá sido lesado em quase 63 mil euros.
Ainda segundo o JN, ontem, os administradores negaram ainda ter conhecimento acerca da ilegalidade deste procedimento, elencando ainda que o valor relativo ao uso das viaturas até era tributado em sede de IRS.
Sobre as deslocações ao fim de semana ou foram das horas de expediente, disseram tratar-se de viagens de serviço, onde participaram em eventos realizados por aquela unidade hospitalar ou em representação do CHTS.