A Acreditar Lousada questionou as vantagens do novo terminal rodoviário, situado na Praça das Pocinhas, em Lousada. A deputada Ana Leal Moreira instou o presidente do município a explicar quais “os benefícios daquela estrutura”, que “custou mais de 700 mil euros” e que serve apenas como “pano de fundo de anúncios de venda de automóveis”.
A deputada foi mais longe e apontou o dedo às prioridade da Câmara Municipal que “constrói uma central”, sem antes ter “rede de mobilidade” adequada, disse na última Assembleia Municipal.
O deputado socialista João Correia não deixou passar esta intervenção e veio logo esclarecer que a verba gasta naquela estrutura derivou de “fundos comunitários e comparticipações”. Para além disso, criticou a postura da deputada, dizendo que “não podemos exigir uma rede de transportes, sem as infra-estruturas necessárias”.
Refira-se que a nova Central de autocarros, localizada na zona norte do centro urbano, representa um investimento de 702 mil euros, sendo apoiada em 469 mil euros por fundos comunitários.
Na altura da apresentação do projecto, a edilidade defendeu o novo equipamento por aumentar as “condições aos utilizadores de transportes públicos, com a criação de um espaço moderno, arrojado, funcional, acessível e seguro que vai permitir a fluidez dos transportes públicos e a melhoria nas ligações de Lousada aos concelhos vizinhos aumentando, desta forma, a sua competitividade na região”.
Na reunião magna, Pedro Machado começou por lamentar estar “na moda dizer mal do que custa muito dinheiro”. Para além disso, e sobre as melhorias reclamadas pela oposição, o autarca explicou que “não são imeditadas”, enaltecendo o facto de ser uma “obra de referência, do ponto de vista arquitectónico” e que encaixa na “estratégia de reforço” ao nível da “política de transportes” assumida pelo executivo.
Pedro Machado recordou também este projecto foi “aprovado por unanimidade”, acusando a oposição de ser “hesitante”, em relação às opções municipais, porque “dá uma no cravo e outra na ferradura”.