É já este sábado que sobe ao palco “Falar verdade a mentir”, de Almeida Garrett, a primeira peça que marca o arranque do ‘Festival de Teatro Fernando Santos’, um evento que pretende assinalar o centenário do nascimento de Fernando Santos, também conhecido com o pseudónimo de Edurisa Filho, nascido no Porto, e que foi jornalista, escritor, actor, encenador.
A programação deste festival tem a chancela do Grupo Teatral Freamundense, a Junta de Freguesia local, assim como a autarquia de Paços de Ferreira e propõe-se apresentar uma peça de teatro por mês.
“Falar verdade a mentir” é uma peça que “mergulha no mundo da alta burguesia portuguesa da primeira metade do século XIX” acompanhando “a história do noivado, imprevisível e insólito, de Duarte Guedes, um jovem mentiroso compulsivo, e de sua noiva Amália”.
O teatro volta à cena no dia 4 de Fevereiro com “Cosi run tutti, um texto encenado e coreografado por Ricardo Alves e que é representado pela Interferência e Palmilha Dentada. “Assim fogem todos”, traduzido para português, pretende ser uma reflexão sobre estéticas e a relação entre os criadores e os seus públicos, sobre a importância das políticas culturais e da riqueza e importância dos projectos artísticos pessoais e colectivos para lá das modas dominantes, com “música, humor e cantoria”.
Em Março, também para dia 4, é apresentada “Os Emigrantes”, de Slawomir Mrozek, com encenação de Jerónimo Silva, pela Escola Dramática e Musical Valboense. Esta encenação retrata a emigração na Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Lembrada como “Emigração a Salto”, homens e mulheres partiram em busca de uma vida melhor, para fugir à ditadura e à miséria, sem imaginar as dificuldades no caminho. Os personagens de “Os Emigrantes ” são exemplo disso. Um, politicamente falando, foge do regime; o outro vai à procura de trabalho para fazer casa. Ambos são exemplos negativos e apresentam-se colocados em situações extremas.