A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) instaurou dois processos de contra-ordenação à exploração ilegal de cavalos, situada em Ermesinde, no concelho de Valongo, onde, em Fevereiro, foram apreendidos 86 animais, uma informação avançada pelo JN, citando a agência Lusa.
Um dos processos incide “nos ilícitos em matéria de bem-estar animal, com instrução concluída e em fase de análise para proposta de decisão final”. Já o outro, está centrado “nos ilícitos de movimentação animal, registo e identificação que se encontra em fase de instrução (processo de complexidade elevada pelo número de envolventes a ser ouvidos)”, adianta o diário.
Recorde-se que, e tal como o Verdadeiro Olhar noticiou, na altura, a Câmara de Valongo, a Brigada de Proteção Ambiental da PSP e a DGAV abriram, em Fevereiro, uma investigação por alegados maus-tratos aos cavalos da exploração situada em Sampaio.
Entre os mais de 80 cavalos, 10 foram identificados e estavam subnutridos, sendo que, depois, ficou decidido encerrar a exploração assim que todos os animais saíssem.
Ainda na altura, a Intervenção e Resgate Animal, a IRA, propôs à DGAV alojar gratuitamente os 10 cavalos admitindo ficar com todos, mediante algumas condições. Em Março veio a resposta e esta associação ficou a ser fiel depositária de sete dos cavalos da exploração, então transferidos para uma herdade no sul do Alentejo.
Já relativamente a estes sete cavalos, a DGAV revelou que, a 13 de abril, foi realizada uma visita à herdade para avaliar a condição corporal daqueles animais que concluiu que estavam “em processo evolutivo favorável”, tendo em conta que não apresentavam sinais de doença, estavam em pastoreio livre e com acesso a água e comida, diz ainda o JN.
Posteriormente, em Setembro, foi feita nova vistoria à exploração verificando-se uma “melhoria evidente do estado corporal dos cavalos”.