A CDU de Paços de Ferreira acusa o município de ter colocado o partido de fora das discussões e decisões que visavam a concessão da água no município.

“Fomos chamados agora, depois de tanto tempo de reuniões e memorandos, aparentemente falhados”, e após ter sido “decidido e assumido pelo município o avançar para a rescisão do contrato, alegando justa causa”, lamentam os comunistas em comunicado. 

O partido vai mais longe e acusa a edilidade de, no memorando de entendimento de 2017, celebrado entre a autarquia de Paços de Ferreira e as Águas de Paços de Ferreira, “a CDU não ter sido chamada” e nem se terem “procurado consensos mais alargados”. 

Em Maio deste ano, quando o autarca local comunicou, em conferência de imprensa, “a sua decisão de avançar para a rescisão unilateral do contrato com a entidade gestora das águas e saneamento do concelho, alegando justa causa” a CDU lamenta não ter sido chamada para “uma tentativa de consenso alargado sobre esta tomada de posição”. 

Para além de reafirmarem que esta concessão “num deveria ter acontecido”, os comunistas apontam que “a responsabilidade desta decisão e do que poderá resultar da mesma, só pode ser de quem a assumiu unilateralmente”, ou seja, da autarquia. 

A CDU deixa clara a sua posição: “Rejeitamos, no que toca à gestão dos recursos hídricos, a entrega da sua exploração a entidades privadas e a grandes grupos económicos, pois tal acaba sempre por penalizar as camadas mais empobrecidas da população”.

De salientar que, esta segunda-feira, o autarca local convidou os presidentes das comissões politicas dos diversos partidos da oposição com actividade no concelho, nomeadamente o PSD, PCP, Chega, IL e CDS-PP, para uma reunião sobre este tema.

Já hoje, terça feira, Humberto Brito agendou reunião, durante a manhã, com todos os presidentes de Junta de Paços de Ferreira para abordar esta matéria.

Fonte da Autarquia disse ao Verdadeiro Olhar que com este comunicado a CDU “revela que, agindo como Pilatos, está ao lado da concessionária e contra os interesses da população de Paços de Ferreira”.

Recorde-se que, quando em Maio deste ano, a Câmara de Paços de Ferreira anunciou a intenção de rescindir este contrato “por justa causa”, alegou “incumprimentos legais e contratuais” e “graves” violações por parte da concessionária ao contrato. A concessionária, a Águas de Paços de Ferreira, nega os incumprimentos. Entretanto, o Tribunal Arbitral condenou o município a indemnizar, em milhões, a concessionária, mas a Câmara anunciou recurso.

1 Comentário

  1. Como se transforma um comunicado num artigo de opinião…
    Enfim…
    Poderiam evitar os erros ortográficos! Principalmente nas citações!
    Era de valor!

Comments are closed.