Penafiel vai ter dois parques eólicos que vão fornecer energia a 200 mil habitações, num investimento que ronda os 250 milhões de euros. O projecto já tem luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente que aprovou o estudo de impacto ambiental.
O contrato de captação de investimento internacional já foi fechado com a empresa Espanhola, Capital Energy, sendo que as duas centrais, “Carlinga” e “Zonda”, vão ficar instaladas nas freguesias de Capela, Lagares e Figueira, Valpedre, Duas Igrejas, Luzim e Vila Cova.
Segundo a autarquia, este investimento totalmente privado, é o “maior alguma vez realizado em Penafiel”.
As centrais eólicas serão constituídas por 19 aerogeradores, de última geração, com uma potência de 106 MW que terão capacidade para “fornecer eletricidade a cerca de 200 mil habitações”.
Energia que em termos de consumo doméstico “permitirá alimentar a região do Tâmega e Sousa ou em alternativa, por exemplo, a cidade do Porto”, diz o município.
As novas centrais eólicas vão permitir “poupar a emissão de mais de 200 mil toneladas de CO2 para a atmosfera”, se compararmos com a central de carvão.
Além de representar o maior investimento de sempre em Penafiel, vai trazer ganhos indirectos, porque a empresa internacional vai “recorrer a unidades locais no âmbito da execução do projecto”, o que representa mais-valias para a economia do concelho, ao permitir, por exemplo, “a realização de obras de beneficiação de vias municipais e de caminhos florestais e, ainda, a valorização paisagística das zonas intervencionadas”.
Os componentes do parque eólico vão chegar a Portugal por via marítima ao porto de Leixões e, posteriormente, serão transportados por camião até aos parques.
O período de vida útil dos novos parques eólicos é de 25 anos, estando previsto que as obras avançam até ao final do verão de 2022, prevendo-se que esteja a funcionar em pleno até ao fim do verão do ano de 2023.
Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel, considera, em comunicado, que “este é um projecto muito ambicioso para Penafiel e não só”, que se traduz num “grande avanço para a região e para o país ao nível da produção energética”.