A Área Metropolitana de Lisboa e o Norte são as regiões onde se arrendam mais alojamentos, adianta a Pordata, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, com base nos dados provisórios do Censos 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE). É também na capital portuguesa que se paga mais por mês.
Em 2021, em Portugal, a maioria dos alojamentos de residência habitual é ocupada pelo proprietário (70%). Mas a percentagem de arrendamentos tem vindo a crescer. O INE explica que “os alojamentos ocupados em regime de arrendamento representam 22,3% do total e viram a sua importância reforçada em 2,4 pontos percentuais face a 2011”. Há ainda “alojamentos em outra situação de ocupação, onde se incluem, por exemplo, as cedências de habitação por empréstimo, que correspondem, em 2021, a 7,7% dos alojamentos de residência habitual”.
Olhando aos dados disponibilizados, Paços de Ferreira e Valongo são os concelhos onde há, percentualmente, mais casas ocupadas por inquilinos (ou outro regime de ocupação) na região acompanhada pelo Verdadeiro Olhar: 32,5% e 32% de alojamentos arrendados ou noutra situação de ocupação, respectivamente.
Nestes concelhos, e também em Lousada, Paredes e Penafiel, o nível das rendas acompanha a média nacional. Mais de 40% dos inquilinos em Portugal pagam de renda mensal entre 200 e 399,99 euros por um apartamento ou moradia, refere a Pordata. Na região, segundo os resultados provisórios do Censos de 2021, é também neste escalão que se enquadram as rendas pagas pela maioria dos inquilinos da região.
Os dados por concelho
Os dados do INE e da Pordata, consultados pelo Verdadeiro Olhar, mostram que em Portugal há 5 970 655 alojamentos familiares clássicos, sendo mais de quatro milhões destes alojamentos destinados a residência habitual.
Como já referido, a maioria é ocupada pelos proprietários enquanto cerca de 30% está a cargo de inquilinos ou de outra ocupação.
Paços de Ferreira e Valongo são os locais onde há mais casas com inquilinos. Penafiel o concelho onde mais alojamentos são ocupados pelos proprietários (70,9%).
Olhando à realidade das sub-regiões onde estes concelhos se inserem, na Área Metropolitana do Porto, nomeadamente no concelho do Porto, mais de metade das casas é ocupada por inquilinos (ou outros), enquanto em Arouca 80,6% dos alojamentos são habitados pelos proprietários. No Tâmega e Sousa, em Resende é onde há mais alojamentos ocupados pelos donos – 81%. Já em Felgueiras 34,3 das casas está com inquilinos ou noutra das situações de ocupação prevista pelo INE.
A Pordata responde à pergunta “onde há mais e menos casas habitadas pelos próprios donos ou por arrendatários?”.
Os dados mostram que em Lousada há um total de 16.711 alojamentos familiares clássicos, estando 4.874 com inquilinos (ou outros). Já em Paços de Ferreira dos mais de 19 mil alojamentos, 6.213 estão arrendados a inquilinos ou noutra situação de ocupação (exemplo das cedências de habitação por empréstimo, citadas pelo INE). Em Paredes há 30.122 alojamentos familiares clássicos, sendo 9.247 ocupados por inquilinos ou outros. Em Penafiel, dos 25. 180 alojamentos, há 17.841 onde vivem os proprietários e 7.339 com inquilinos ou outra situação de ocupação. Por fim, Valongo tem 36.614 alojamentos clássicos e 11.709 com inquilinos ou outros.
