A taxa de desemprego do Norte baixou de 7,4% para 6,3% no 2.º trimestre de 2021, situando-se num valor inferior ao de Portugal (6,7%), avança o relatório Norte Conjuntura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). “É a primeira vez, nos últimos 20 anos, que a taxa de desemprego da Região se encontra tão abaixo da nacional”, acrescenta o documento. É necessário recuar até ao 1.º trimestre de 2002 para se observar uma diferença maior do que a actual, pelo que, conclui a Comissão, “o Norte dá sinais, de estar a ser o motor de recuperação da economia nacional após a maior recessão dos últimos 50 anos”.
Segundo o documento, o desemprego registado diminuiu na maioria das sub-regiões do Norte no 2.º trimestre de 2021 face ao período homólogo de 2020, sendo a única excepção a Área Metropolitana do Porto, “que assistiu a um ligeiro aumento de 1,6% durante esse período, após um crescimento bastante acentuado de 31,4% no trimestre anterior”. Os concelhos da AMP estão a ser atingidos “de forma assimétrica pela crise pandémica”. Registaram os maiores crescimentos do desemprego Espinho (+14,8%), Porto (+10,4%) e Vila Nova de Gaia (+6,9%), sendo as maiores reduções observadas nos concelhos da Trofa (-23,0%), Santo Tirso (-12,9%) e Vila do Conde (-10,1%).
No que toca à sub-região do Tâmega e Sousa, o desemprego diminuiu, diz o Norte Conjuntura. Em termos homólogos são -6,6%. “As diminuições mais acentuadas foram registadas em Felgueiras (-15,5%), Baião (-13,3%), Lousada (-13,3%) e Penafiel (-9,5%). Em sentido contrário, os aumentos mais expressivos observaram-se em Castelo de Paiva (+13,9%) e em Celorico de Basto (+6,7%)”, revela o documento, que não elenca os dados de todos os concelhos.
No final do 2.º trimestre deste ano, a AMP tinha 79.368 desempregados registados e o Tâmega e Sousa 18.096.
Segundo uma tabela que analisa os resultados dos 20 concelhos mais exportadores do Norte, Paços de Ferreira registou uma descida de 4,6% na taxa de desemprego, enquanto Paredes teve uma redução de 9%.