Os últimos dados disponíveis apontam para a existência de pelo menos 966 casos positivos do novo coronavírus em Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo, um crescimento em relação a ontem.
Em Valongo há, segundo o boletim da Direcção-Geral da Saúde, que reporta apenas 78% dos casos por concelho, 464 infectados por COVID-19.
Em Paços de Ferreira e Paredes a DGS continua a elencar casos inferiores aos divulgados pelas câmaras municipais. Humberto Brito dá conta de 155 casos em Paços de Ferreira e a autarquia parendense afirmava, na última comunicação, 156, quando a DGS fala em 146 e 141, respectivamente.
Em Lousada houve uma subida de 98 para 107 casos e em Penafiel um crescimento de 78 para 84 infectados.
O boletim da DGS reporta 15.987 infectados em Portugal até à meia-noite de ontem, mais 515 casos. Há 470 mortes por COVID-19, mais 35, e 266 casos de recuperação, mais 33.
Perante as dúvidas que têm surgido quanto aos números, Marta Temido esclareceu, hoje, em conferência de imprensa, que “estamos numa fase de planalto” mas que estes resultados são preliminares e devem ser “encarados com cautela”., pelo que devem ser mantidos todos os esforços para conter a transmissão.
Quanto ao número de testes positivos, que seria superior ao número de infectados reportados pela DGS, a ministra da Saúde esclareceu que um caso confirmado pode corresponder a mais que um teste positivo. “Um doente pode ter realizado vários testes com resultados positivos. Desde o dia 1 de Março foram realizados mais de 161 mil testes, sendo mais de 17 mil positivos, numa média de 9.000 testes por dia”, salientou.
Já perante as críticas de algumas câmaras municipais, que dizem ter sido proibidas de divulgar a informação local proveniente das autoridades de saúde, normalmente acima dos números divulgados pela DGS, Marta Temido disse que não houve proibição, mas que “há um apelo para que as autoridades de saúde locais e regionais se concentrem no envio de informação atempada para o nível nacional”, não devendo haver “em caso algum violação do segredo estatístico”.
“O que nos preocupa é que a informação das fontes oficiais seja reportada no mesmo momento horário ou teremos informação que causa perturbação e que não seja posto em casa o segredo estatístico”, refere, dizendo que estão a melhorar a metodologia e pedindo às autarquias que façam os seus boletins aferindo os dados da DGS e explicando possíveis divergências.