Estão eleitos os novos corpos gerentes do Clube de Propaganda da Natação (CPN) para o próximo triénio. A lista presidida por Rui Moutinho não teve concorrência e foi aprovada com 54 votos favoráveis, numa Assembleia Geral que juntou 60 sócios. A nova direcção diz querer imprimir uma nova dinâmica ao clube e criar condições para angariar novos sócios.
Pouco mais de seis dezenas de sócios compareceram na última Assembleia Geral do CPN, destinada a aprovar o relatório de contas e actividades de 2015, bem como a eleger os corpos gerentes para o triénio 2016/2018. Ainda assim, diziam alguns sócios, esta foi uma das sessões mais concorridas dos últimos tempos. Votaram 60 sócios, 54 dos quais favoravelmente. Houve quatro votos em branco e dois nulos.
manter o rigor financeiro iniciado nos anteriores mandatos é compromisso
Rui Moutinho, eleito novo presidente da direcção do Clube de Propaganda da Natação, salientou o “programa ambicioso” que pretende implementar no triénio que agora inicia, acrescentando que este “vai exigir um esforço grande, assente no trabalho das várias secções” do clube. “Os novos corpos gerentes têm a tarefa gigantesca de consolidar os resultados obtidos, consolidar as contas do clube e regularizar os pagamentos”, disse, comprometendo-se a “manter o rigor financeiro iniciado nos anteriores mandatos” de forma a possibilitar concretizar novas iniciativas. O passivo do clube ronda actualmente, os 300 mil euros. A nova direcção tem como preocupação a reabilitação dos espaços desportivos do clube e das suas áreas nobres aproveitando as condições existentes para o desenvolvimento das mais variadas iniciativas culturais. É intenção desta direcção, igualmente, a criação de um fundo de obras, afectando a ele um mínimo de cinco por cento da receita gerada pelo complexo desportivo, de modo a poder levar a cabo a sua manutenção regular. Tal como já havia sido anunciado, a nova direcção pretende desenvolver uma ampla campanha de angariação de novos sócios, tendo como meta elevar ao dobro os sócios existentes, que actualmente rondam os 800. O maior desafio, diz Rui Moutinho, será a rentabilização do ginásio e das piscinas.
Paulo Sousa, presidente da direcção cessante, num balanço do seu trabalho nos últimos dois mandatos, recorda “com espírito de missão cumprida” que em 2010 o “CPN bateu no fundo”. “Começámos com o clube completamente abandonado, a bater bem no fundo, numa crise insustentável e onde se chegou a equacionar várias vezes o seu encerramento e a sua insolvência”, lembra, acrescentando que na altura “não tinha dinheiro para pagar o gás, nem a luz, tinha um crédito de 360 mil euros ao banco e uma dívida de 27 mil euros à Segurança Social”. Paulo Sousa recorda que foi necessário, inclusive, tomar a decisão de encerrar a piscina depois de se concluir que havia receita de seis mil euros e despesas de 16 mil euros, bem como rescindir contrato com os três únicos funcionários do clube. O presidente cessante recorda ainda todo o processo de renegociação da dívida com o banco, mas também com a EDP, tendo enfrentado pelo caminho diversas acções de penhora, entretanto resolvidas. Paulo Sousa explica ainda que nas diversas parcerias estabelecidas foi possível resolver vários problemas e colocar o complexo ao dispor dos utentes, onde se inclui a piscina. O responsável cessante está assim “satisfeito” com a “recuperação alcançada do CPN”, advertindo, porém, que há ainda muito para fazer. Paulo Sousa sai da direcção, mas não do clube. “Vou continuar por aqui, pois para além destas funções acumulava outras que vou continuar a exercer com muito prazer, na secção de andebol, como Director e dirigente da equipa sénior e oficial de mesa, sempre a contribuir para que o clube esteja e seja melhor no futuro”, disse, esperando que “as pessoas acompanhem mais o clube e não permitam mais, nunca mais, que o clube bata no fundo como bateu”.