“50% dos jovens do concelho de Lousada, desde a saída da escola até à entrada do transporte escolar ou até à chegada à casa, já foram abordados para consumir drogas. Isto é gravíssimo”. A informação foi avançada por Ana Cristina Moreira, eleita da Acreditar Lousada (PSD/CDS-PP) com base em dados da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Lousada, conseguidos através do “projecto Adélia”, referiu.
“Existe o programa Escola Segura da GNR e o plano de acção local que a CPCJ desenvolveu e vai anunciar contém medidas para combater esta situação, contudo não é suficiente”, defendeu a eleita municipal, perguntando à Câmara o que pode fazer para alterar esta realidade.
Na resposta, Pedro Machado salientou que este assunto “preocupa bastante” o executivo socialista. “Temos falado com regularidade com a GNR e vamos reunir com o novo comandante. É uma problemática que não será só de Lousada e que, em Lousada, se calhar não terá tanta expressão como noutros concelhos, mas que nos deve efectivamente preocupar”, sustentou. O presidente da Câmara avançou ainda que há registos de movimentações no Parque Urbano e que já foi pedido à GNR um reforço de fiscalização.
“O que posso dizer é que há muita investigação criminal e que a Câmara de Lousada tem colaborado e disponibilizado meios, não digo mais para não pôr em causa o sigilo das investigações. Temos feito tudo o que está ao nosso alcance e continuamos a sensibilizar as escolas, mas é um assunto difícil”, acrescentou o edil, frisando que vão continuar a trabalhar para “combater esta chaga”.
A CPCJ de Lousada aderiu ao projecto Adélia que pretende apoiar a Parentalidade Positiva, ou seja, o “comportamento parental baseado no melhor interesse da criança e que assegura a satisfação das principais necessidades das crianças e a sua capacitação, sem violência, proporcionando-lhe o reconhecimento e a orientação necessários, o que implica a fixação de limites ao seu comportamento, para possibilitar o seu pleno desenvolvimento”.