PRESIDENCIAIS 2016: A eleição de Marcelo Rebelo de Sousa como sétimo Presidente da terceira República Portuguesa era há muito uma vitória anunciada e uma esperança nova para a grande maioria dos portugueses. Do Presidente Marcelo esperamos, com certeza, uma presidência de estilo afetuoso e mais próxima das pessoas, diferenciando-se assim dos seus antecessores mais recentes. Começou por fazê-lo no excelente discurso da noite eleitoral. Marcelo Rebelo de Sousa não só firmou o compromisso de isenção e de constituir-se como o elo de ligação entre as pessoas, como traçou de forma inequívoca a sua visão para o país nos próximos cinco anos. Para o novo Presidente eleito a opção é clara: “ou crescemos economicamente de forma sustentada, criando justiça social, combatendo a exclusão, a pobreza e a desigualdade, ao mesmo tempo que moralizamos a vida pública e atalhamos as corrupções, ou só contribuiremos para agravar as tensões sociais e os radicalismos políticos”. Ainda sobre estas eleições regista-se o mau resultado de Maria de Belém que tornou ainda mais visível as divisões internas do PS. Veja-se o exemplo de Valongo: apesar de contar com o apoio do presidente da autarquia (também presidente do PS/Valongo embora o cargo não mobilize mais do que meia dúzia de gatos pingados) a candidata socialista apenas registou 5% dos votos ficando bem atrás do candidato Tino de Rans que obteve 7%. Com base nestes (Maria de Belém + Sampaio da Nóvoa), e noutros resultados de um passado recente (legislativas 2015), fica a pergunta para António Costa: para quando uma vitória eleitoral?
EXAMES ESCOLARES: o fim dos exames escolares, a meio do presente ano letivo, evidenciou o gosto pelas experiências do ministro investigador da Educação. Com a medida tomada ficamos sem perceber como passarão as escolas a serem avaliadas externamente? Como se estabelecerá o ponto de partida mínimo e comum para os alunos que transitam para um novo ciclo escolar? Curioso é percebermos que esta luta contra os exames não é uma causa de alunos, mas sim de alguns adultos que não gostam deles, ou por ideologia, ou porque, sendo professores e pais, não lhes agrada ver o seu trabalho educativo avaliado pelos exames.
SUBVENÇÕES VITALÍCIAS: uma vergonha! Trata-se de mais um daqueles direitos adquiridos que os Portugueses não percebem e nunca perceberão. O exercício de um cargo público deve ter por base o altruísmo de quem o ocupa e nunca o objetivo de chegar a determinada regalia. Com a recente decisão do tribunal constitucional fica, uma vez mais, a dúvida sobre a justiça de algumas medidas tomadas por aquele órgão. Recorrendo a um provérbio popular é caso para dizer que eles partem e repartem, e como não são burros, querem ficar com a maior parte! Até um dia é claro…