ORÇAMENTO DE ESTADO – A perceção existente é que o orçamento de 2016 é um exercício altamente imprevisível e arriscado. A falta de rigor nas contas do Estado tem de acabar e o país tem de passar definitivamente a viver com aquilo que produz. Torna-se difícil aceitar que, quatro anos depois do PS ter conduzido Portugal à bancarrota e a um pedido de assistência externa, muitos dos mesmos protagonistas políticos, agora dependentes da assistência da extrema-esquerda para governar, estejam a repetir basicamente a mesma receita. E não haja enganos: debaixo do sorriso de Mário Centeno esconde-se já uma mão cheia de surpresas para aplicar imediatamente assim que os indicadores da execução orçamental entrarem no vermelho! Entretanto, e até lá, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já brindou todos os portugueses, em particular a tal classe média que ganha 900, ou 1000 ou 1.100 euros por mês e que tem o azar de ter um carrito, com o maior aumento de impostos sobre os combustíveis dos últimos 15 anos.
AS 35 HORAS – O regresso às 35 horas na Função Pública é uma exigência da CGTP, de António Costa, de Catarina Martins e de Jerónimo de Sousa, mas está longe de ser uma exigência da maioria dos portugueses. É legítimo que cada um de nós lute por melhores condições de trabalho e por uma maior qualidade de vida independente de ser funcionário público ou trabalhador no sector privado, homem ou mulher, novo ou velho! A questão que se coloca é se é justo que quem está no sector privado tenha que trabalhar 40 horas para ajudar o país a progredir e quem está na função pública tenha que trabalhar 35h? Para mim não é! E se pensarmos em serviços como a justiça, a polícia ou os hospitais será que esta promessa eleitoral, da atual coligação de esquerda, beneficiará em alguma coisa os utentes destes serviços públicos? Como é possível reduzir 12,5% ao horário dos trabalhadores do estado e ao mesmo tempo combinar com Bruxelas a redução do número de funcionários públicos, mantendo a regra de 1 entrada por cada duas saídas? Segundo o ministério das finanças estão previstas para 2016 cerca de 20 mil aposentações, ou seja, aplicando-se a regra deveremos ter menos 10 mil funcionários públicos no final do ano. Assim sendo, como se conjuga isto tudo? Não serão, uma vez mais, os portugueses chamados a pagar a fatura?
NOVO CENTRO DE DIA EM VALONGO: A Associação de Socorros Mútuos de Valongo e os seus dirigentes estão de parabéns! Desde do passado domingo que esta instituição, que completa brevemente 117 anos de idade, conta com uma nova resposta social. O novo centro de dia, que custou cerca de meio milhão de euros e poderá acolher 40 utentes e fornecer 100 refeições por dia, além de uma prova evidente do bom aproveitamento de recursos é também uma clara resposta social que beneficiará todos os associados e, consequentemente, toda a comunidade. Um bem hajam.