Penafiel recebe, durante os próximos dias, “centenas de milhares de visitantes”, que irão consumir, durante uma das maiores celebrações do país do São Martinho, cerca de 20 toneladas de castanhas. O número é avançado pela autarquia, que oferece uma tonelada de castanha, e confirmado pelos mais de dez vendedores espalhados pelas principais ruas e praças do burgo.
Até dia 22 deverão ser vendidos, igualmente, 25 mil litros de vinho. O néctar verde tinto é servido por cinco adegas cooperativas da região, que estão concentradas numa tenda montada na Quinta de Puços, perto do Largo da Ajuda.
E no São Martinho também não podem faltar as tradicionais tortas.
Venda de 25 mil litros de vinho garantem negócio às adegas cooperativas
Nicole Ribeiro é uma das muitas vendedoras de castanhas assadas que, por estes dias, “enchem” as ruas da cidade de Penafiel. Residente no Marco de Canaveses, veio ao São Martinho para ajudar a mãe a vender as castanhas que as próprias apanham nos castanheiros dos seus campos. “É o segundo ano que aqui venho”, diz. E não se arrepende de ter escolhido a mais tradicional festa de Penafiel para fazer negócio. “Vendo cerca de 25 quilos por dia. Este é o sítio onde vendo mais castanhas. O pacote custa dois euros. Não dá muito dinheiro, mas sempre é algum”, alega.
Para além da castanha, o vinho verde tinto também sai a rodos das pipas montadas na tenda onde cinco cooperativas da região mostram a qualidade da colheita deste ano. “Ao fim-de-semana é a loucura. Precisámos de reabastecer as duas pipas de 500 litros cada uma”, diz Carla Ribeiro, funcionária da Adega Cooperativa de Penafiel. Na tenda montada na Quinta de Puços há canecas há venda por cinco euros e que dão direito a cinco provas. Quem for mais moderado pode optar pela tijela de três euros. Com caneca ou com tijela, uma coisa é certa: há quem beba muito vinho por esta altura. “À noite é crítico. Há homens que seguram bem no vinho, mas outros não. Mas é mais a festa que fazem do que os problemas que criam”, assegura Maria de Fátima Peixoto, da Adega Cooperativa de Lousada.
O vereador Adolfo Amílcar refere que, durante o São Martinho, são vendidos mais de 25 mil litros de vinho. “É uma iniciativa importante para as adegas escoarem o seu produto”, realça.
O autarca salienta ainda o impacto do São Martinho na economia local para exemplificar o sucesso da festa. “Os espaços de restauração e de hotelaria estão cheios”, declara.
Mas falar em São Martinho em Penafiel é falar ainda de tortas, um “pastel agridoce, que leva carne picada e é envolvido em açúcar e canela”. “Acredito que irei vender 12 mil tortas até ao fim da festa. Cada uma custa 1,20 euros e, no ano passado, já ultrapassei as 10 mil”, afirma Maria José.
A feira de São Martinho em Penafiel prolonga-se até ao próximo dia 22 e nela pode-se comprar um pouco de tudo. De gado a sapatilhas. De relógios a material agrícola.