Natália Correia vai estar em destaque no ‘MANIFESTUM: a arte de dizer’ que começa hoje em Valongo. O evento lieterário, onde as palavras se soltam volta a “cruzar nomes grandes da literatura, da poesia, do jornalismo, da música e da fotografia, num programa que celebra os cinco anos do evento, com conversas, leituras, performances, apresentações e espectáculos.
Nesta quinta edição, a decorrer até 8 de outubro, as luzes vão estar apontadas para os poetas centenários como Natália Correia, Mário-Henrique Leiria, Mário Cesariny, Eugénio de Andrade e António Manuel Couto Viana.
E assim apresentam-se espetáculos como Natália Correia 100 Anos – Natália é Quando Uma Mulher Quiser, projecto do compositor Renato Júnior, que musicou alguns dos poemas mais emblemáticos da escritora portuguesa e convidou um grupo de célebres vozes femininas para os interpretar, reunindo num mesmo palco, a 5 de outubro, no Fórum Cultural de Ermesinde, Amélia Muge, Ana Bacalhau, Áurea, Elisa Rodrigues, Katia Guerreiro, Mafalda Veiga, Maria João, Patrícia Antunes, Patrícia Silveira, Rita Redshoes, Sofia Escobar e Viviane, revela a autarquia.
Também apresentações finais dos laboratórios organizados pelo Serviço Educativo em torno da imagem e da palavra, Ver Longo e Há Palavras que nos Beijam, a 7 e 8 de outubro, respetivamente, bem como performances poéticas Poesia Vai à Feira, a 6 e 7 de outubro, organizadas com um grupo de seniores da região, a decorrer nas feiras de Ermesinde e Valongo.
No Benefício da Dúvida, momentos de cruzamento e diálogo com vários convidados vão ter lugar na Biblioteca Municipal de Valongo, nos dias 7 e 8 de outubro. O MANIFESTUM acolhe ainda Maria do Rosário Pedreira, editora, escritora, responsável editorial do Grupo Leya), e Fátima Vieira, vice-reitora para a Cultura da Universidade do Porto, a par de nomes bem conhecidos da televisão e da rádio, como Manuel João Vieira, Fernando Alvim e Miguel Ribeiro.
Antecipa-se uma noite especial a 6 de outubro, no Fórum Cultural Vallis Longus, que arranca com os projetos performativos Presunto Inocente e Marulhada, fechando com Phonógrapho, onde Manuel João Vieira convoca grandes temas do repertório tradicional, partindo do poema Fonógrafo, de Camilo Pessanha, evocando simultaneamente um dos seus alter egos, o Lello Perdido, num quebrar de fronteiras entre erudito, popular, literatura, mitologia ou vernáculo, elenca ainda o município.
O MANIFESTUM assinala assim cinco edições, marcadas pelas “dificuldades da pandemia e pela resiliência do município, acabando por se consolidar neste evento que celebra a arte de dizer, festejado este ano de modo multicolor, mas com uma visita a um projecto cinematográfico e literário que evoca estes tempos cinzentos: Amor em Quarentena, de Nuno Viana, com Ismael Calliano, Pedro Barroso e Pedro Janela, a ter lugar no Fórum Cultural Vallis Longus, a 7 de outubro”.
Este evento nasce do interesse em “apresentar um evento singular ligado à palavra, validando a aposta reiterada da autarquia no valor acrescentado da poesia e da arte de dizer. São vários os momentos únicos e seguramente irrepetíveis” de um evento que decorre em vários locais das cidades de Ermesinde e Valongo”, lê-se na nota de imprensa.
“Esta iniciativa insere-se numa aposta muito forte deste executivo municipal na Cultura, enquanto pilar de formação de cidadãos mais autónomos e envolvidos na vida cívico política de toda a comunidade. É a cultura que nos define enquanto seres humanos, sem ela não há humanidade”, diz José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Valongo, citado no mesmo documento.
E acrescenta, “O MANIFESTUM arte de dizer é uma das iniciativas que se insere na estratégia municipal de promoção da leitura ‘Ler Não Custa Nada’”, sublinhando que “estão inscritos actualmente 15717 leitores nas bibliotecas municipais, sendo que em 2013 eram apenas cerca de 3000 pessoas”.
De registar ainda que passaram já por edições anteriores do MANIFESTUM nomes como Ana Luísa Amaral, Ana Deus, Adolfo Luxúria Canibal, Alexandre Quintanilha, António Victorino D’Almeida, Daniel Maia-Pinto Rodrigues, João Gesta, João Habitualmente, Lúcia Moniz, Mário Cláudio, MAZE, Pedro Lamares, Pedro Mexia, Rodrigo Guedes de Carvalho, Rui Reininho, Rui Zink, Tó Trips, entre muitos outros.
A participação no MANIFESTUM arte de dizer é, na generalidade das iniciativas, de acesso livre e gratuito.