Refletir sobre a saúde e o bem-estar é o que pretende o município de Valongo ao realizar a primeira ‘Bienal de Saúde’, que decorre entre os dias 4 e 5 de abril, no Fórum Cultural de Ermesinde.
Este foi um desafio lançado pela Organização Mundial de Saúde para o qual Valongo quis contribuir, através de um conjunto de conferências, oficinas, workshps e palcos de opinião, num espaço que pretende ser de “cultura científica de excelência”, revela o município, em comunicado.
Na abertura desta primeira edição, vai desbater-se a Saúde Positiva, pela mão da investigadora Machteld Huber. Haverá ainda espaço para ouvir Maria João Batista, presidente do conselho de administração da ULS S. João, e do arquiteto Luís Nobre, autarca de Viana do Castelo e presidente da Assembleia da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis. Todos vão ajudar a “compreender os modelos de gestão de saúde de proximidade e o papel das autarquias na promoção da saúde na comunidade”.
Ainda neste primeiro dia, a oficina “Um futuro um pouco mais azul” analisará o envelhecimento da população e as desejadas “blue zones”, contando com o testemunho de Lee Chein Earn, que apresentará a experiência de Singapura na criação territórios de longevidade com qualidade.
O segundo dia está reservado para a análise das Cidades Saudáveis. José Carlos Mota, professor da Universidade de Aveiro com vasta experiência no planeamento do território, dará o mote para um exercício de reflexão sobre a cidade ideal, contando com o contributo de áreas tão diversas como o graffiti, a epidemiologia ou a medicina geral e familiar.
Juntando-se à celebração dos 50 anos do 25 de abril, momento em que se reafirmam os compromissos com os princípios democráticos, a Bienal criou o espaço “Voz dos Jovens” dando palco às opiniões, projetos, inquietações e propostas da população do município com idades entre 15 e 29 anos.
Inspirado no modelo londrino do “Speakers’ Corner”, estes palcos estarão espalhados pelo Fórum de Ermesinde permitindo a todos os presentes a oportunidade de dialogarem com a comunidade juvenil do município.
Ao longo do programa serão tratadas temáticas atuais com abordagens interdisciplinares e dinâmicas, para discutir a realidade concreta da vida dos indivíduos e da comunidade.
O autarca de Valongo espera que esta inicativa contribua para “combater a desinformação, envolvendo a comunidade num debate alicerçado em conhecimento científico de excelência, mas com uma linguagem que toda a gente compreenda”.
Para José Manuel Ribeiro este será um “um espaço de encontro e um estímulo para o exercício da cidadania ativa baseada na informação científica, na escuta de diferentes vozes e na mundividência essencial num tempo de conexões e globalização que não pode descuidar o particular e o único”.
O acesso à I Bienal de Saúde de Valongo é gratuito, sujeito a inscrição prévia e à lotação das salas.