Os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo registaram 7.599 participações de crimes, no ano de 2019, mostra o último Relatório Anual de Segurança Interna (RASI). É uma descida face ao número de ocorrências do ano anterior: 7.863 casos registados pelas forças policiais.
No distrito do Porto, Valongo é o sétimo concelho com mais participações de crimes, 2.209 no ano passado. Paredes é o nono município mais afectado, com 1.753 crimes, e Penafiel o 10.º, com 1.519 participações registadas. Em Paços de Ferreira foram registados 1.205 crimes e, em Lousada, o número mais baixo desta região, 913.
Em comparação com o ano passado, só Penafiel aumentou, ligeiramente, o número de participações.
No que toca à criminalidade geral, a que mais afecta os concelhos do distrito do Porto, é o furto de veículos motorizados, a violência doméstica e a ofensa à integridade física. Os crimes que mais cresceram em relação ao ano anterior, segundo o relatório, são a contrafacção, falsificação e moeda e passagem de moeda falsa (80,6%), a burla informática e nas comunicações (50,6%) e o furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas (14,3%).
Na criminalidade violenta, o crime mais participado do distrito é o roubo na via pública (excepto por esticão), que aumentou 14%. Os que maiores aumentos sofreram foram o roubo em edifícios comerciais ou industriais (38%) e roubo em transportes públicos (38%).
De realçar que os distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro registam 75% de toda a criminalidade violenta e grave participada em Portugal. O distrito de Lisboa destaca-se com 42,4% do total dos registos e o Porto com 15,7%, diz o relatório. Ainda segundo o RASI, o Porto tem dos rácios mais elevados de criminalidade violenta e grave por 1.000 habitantes.
Mesmo assim, no distrito do Porto, a criminalidade geral baixou 1,5% em relação a 2018. Houve 58.765 participações criminais em 2018 e 57.879 em 2019. Mas a criminalidade violenta e grave aumentou ligeiramente para as 2.256 ocorrências no ano passado.
“A criminalidade em Portugal tem vindo a descer de forma sustentada ao longo dos últimos anos atingindo níveis de criminalidade bastante baixos quando comparados com a grande maioria dos países desenvolvidos. Portugal é considerado um dos países mais seguros do mundo. Este estatuto confere-lhe uma responsabilidade acrescida”, realça o RASI 2019.
“No ano de 2019 Portugal registou um ligeiro aumento da criminalidade geral e da criminalidade violenta e grave. A criminalidade geral registou mais 2.391 participações (333.223 para 335.614) o que corresponde a um aumento de +0,7%. A criminalidade violenta e grave registou mais 417 participações (13.981 para 14.398) a que corresponde um aumento de +3%”, descreve o documento. Ao nível do país, no caso da criminalidade violenta e grave, destaca-se o aumento de ocorrências do crime de roubo em via pública (excepto esticão). No caso da criminalidade geral, “o forte aumento registado nos crimes de burla informática e nas comunicações e de violência doméstica contra cônjuge ou análogo”.
Os distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Faro, Braga e Aveiro registaram a maior incidência de participações, representando 70,3% de toda a criminalidade participada.
O Relatório Anual de Segurança Interna permite a avaliação e o acompanhamento do estado da segurança em Portugal, agregando os registos globais da criminalidade participada em Portugal a partir dos dados fornecidos pelas entidades que compõem o Sistema de Segurança Interna, nomeadamente de oito Órgãos de Policia Criminal: Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP), Polícia Judiciária (PJ), Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Polícia Marítima (PM), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e Polícia Judiciária Militar (PJM).