Valongo, Paredes e Gondomar são os primeiros municípios onde vão ser instaladas câmaras que monitorizem, protejam e antecipem o impacto dos incêndios rurais nas florestas.
Neste momento, a REN, a empresa de Redes Energéticas Nacionais, em parceria com a Universidade de Coimbra estão a fazer testes para a instalação de câmaras ópticas e térmicas no Parque Serras do Porto, avança nota de imprensa.
A instalação destes dispositivos surge no âmbito do ‘rePLANT’, uma iniciativa de interesse nacional, que junta 20 entidades, 70 investigadores e técnicos especializados, que têm como objectivo “desenvolver a floresta portuguesa e torná-la mais segura”, num investimento que ronda os seis milhões de euros.
Estes sistemas de videovigilância, a colocar nos postes da REN, vão fornecer “imagens em tempo real, com informações sobre a meteorologia e a vegetação, através de colocação de sensores, que enviam uma comunicação para os sistemas de informação a serem criados para o efeito”, explica ainda o comunicado.
Ferramentas que vão permitir “detectar potenciais focos de incêndio”, sendo ainda determinantes “para a simulação do comportamento do fogo e monitorização dos incêndios, contribuindo para a resiliência e integridade das infra-estructuras eléctricas”.
Estes sistemas de vigilância, a colocar nas regiões Norte e Centro de Portugal, vão tonar possível “uma melhor gestão integrada dos incêndios rurais, numa área prevista que poderá atingir cerca de 226 mil hectares da cobertura florestal do país”, diz ainda o comunicado.
De salientar que, o ‘rePLANT é um projecto tecnológico, onde empresas e universidades trabalham em prol da valorização e defesa da floresta. Liderado pela CoLAB ForestWISE, começou em há pouco mais de um ano e está estruturado em três grandes áreas de actuação. A primeira é dedicada à gestão da floresta e do fogo, a segunda visa o risco e a terceira assenta sobre economia circular e cadeias de valor.