Este 4.º aditamento surge no seguimento de um 3.º, que tinha sido fortemente criticado pela ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Para a ERSAR o surgimento da “comissão” implica um custo para os consumidores de 16.121.439,95€ e a proposta não salvaguarda o interesse público e o interesse dos utilizadores dos serviços de águas na medida em que traduz apenas um aumento de encargos, sem que haja quaisquer benefícios para o consumidor.
Facto é, com a conivência do PS/Valongo que sobre esta matéria não abriu a boca, que o 4.º aditamento foi aprovado com os votos contra e insuficientes de toda a oposição. Assim, a partir deste mês de outubro os Valonguenses serão confrontados com os maiores aumento de sempre neste tipo de serviços. As tarifas da água, aumentam 12% para consumidores domésticos, 18% para as IPSS e autarquias e 16 % para o comércio e indústria. Soma-se a criação de escalões nas tarifas de saneamento para os consumidores domésticos (até agora só existia um escalão) com aumentos de 8%, 50%, 120% e até 260% em função do novo escalão e aumentos de 74% para os consumidores não domésticos.
Convém lembrar que o atual presidente da câmara dizia, em campanha, que era contra as concessões e que tudo faria para as reverter. Chegado ao poder deu o dito por não dito e faz exatamente o contrário. De um candidato avesso a concessões passamos para um presidente que gosta de as negociar! O resultado é que é sempre o mesmo: a empresa volta a ganhar, a câmara começa a ganhar e os munícipes levam com os aumentos e e têm de pagar.
p.s.: Como o atual presidente gosta muito de dizer que sempre foi contra a concessão dos SMAS, deixo-vos na imagem infra a cópia do 1.º aditamento ao contrato, viabilizado em 2004 pelo PS/Valongo, era José Ribeiro vereador. Foi neste aditamento que foi acrescentado 6 anos ao prazo da concessão.