Apesar de a Câmara Municipal de Lousada e a GNR se terem unido para tentar acabar com uma zona de prostituição em Lustosa, com a abertura de valas nos caminhos usados para praticar actos sexuais e a destruição das barracas, assim com com a emissão de multas, as prostitutas prometem lutar para se manter naquele local, escreve o JN na edição de hoje.
O jornal recorda que, entre Março e Abril, em altura de confinamento, a GNR emitiu cerca de 60 coimas por violação do dever geral de recolhimento a prostitutas e clientes. Já a Câmara abriu valas nas matas e destruiu barracos. Durante um tempo isso afastou prostitutas e clientes, mas, entretanto, as mulheres voltaram à beira da estrada e têm-se concentrado na Rua da Ranhõ, já da freguesia vizinha da Ordem.
À mesma publicação, algumas das mulheres que ali se prostituem queixam-se destas acções que lhes estão a retirar o modo de sobrevivência e prometem “lutar até ao fim”.
O vereadora da Câmara de Lousada, Nelson Oliveira, admite que as medidas não tiveram o efeito desejado. Refere ainda que esta actividade, que ali se realiza há décadas, põe em causa a saúde pública e a segurança da população. O autarca explica que procuraram dar apoios sociais e inserir as mulheres no mercado de trabalho com acções de formação, mas nenhuma aceitou. Mas ao JN, as mulheres ouvidas garantiram que não lhes foi oferecido qualquer apoio.