Em Penafiel, na sequência da vitória da Coligação entre o PSD e o CDS em Outubro, Marcelo Rebelo de Sousa venceu as eleições de forma destacada, colhendo mais de 17.000 votos. Não deixa de ser significativo verificar que os 2 candidatos apoiados pelo PS, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém tiveram cerca de 6.700 votos. Conseguir apenas 18% dos votos no concelho, é um resultado verdadeiramente decepcionante para o Partido Socialista em Penafiel.
Marcelo Rebelo de Sousa é uma personalidade com um grande curriculum académico, de uma inteligência fantástica e, acima de tudo, um cidadão com grande sentido de Estado. Com uma campanha simples, o futuro Presidente da República ganhou as eleições com um orçamento de campanha muito reduzido. Comparando com as candidaturas de Sampaio da Nóvoa (720.000€) e de Maria de Belém (650.000€), podemos dizer que Marcelo Rebelo de Sousa (157.000€) gastou quase 10 vezes menos que os dois candidatos apoiados pelo Partido Socialista.
Muito provavelmente, o próximo Presidente da República terá em mãos a gestão de uma crise política, que poderá surgir a qualquer momento, quando o Bloco de Esquerda ou o Parido Comunista Português tirarem o tapete ao Governo de António Costa. Quando isso acontecer, é bom que esteja em Belém alguém com experiência política e sentido de responsabilidade, para encontrar uma solução política para o país.
É caso para dizer que os portugueses fizeram uma escolha “atinada”!
Nos últimos dias tomamos conhecimento, através dos órgãos de comunicação social, que o Governo PS está com grandes dificuldades em elaborar uma Orçamento de Estado equilibrado. A Comissão Europeia admite que as contas de Mário Centeno não batem certo com a realidade e considera a previsão de crescimento de 2,1% da economia e a redução do défice orçamental para 2,6%, números demasiado optimistas.
Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, já veio apelar à revolta de António Costa contra Bruxelas e aconselhou o Primeiro Ministro a não ceder às recomendações da Comissão Europeia.
É verdade que o Governo de António Costa e a geringonça de esquerda que o apoio ainda está a viver o seu estado de graça. Mas, como Francisco Assis, destacado militante do Partido Socialista, já avisou “quando passar o estado de ilusão que se instalou no Partido Socialista, haverá muito para discutir e alguma coisa para mudar”.