Todos compreendemos, de certa forma, na altura, quando recebemos as orientações no sentido de confinar totalmente.
As ruas ficaram desertas… não se via vivalma na rua. Chegava a ser assustador.
Compreendemos porque fomos apanhados desprevenidos e ninguém estava preparado para responder aos cuidados mínimos de prevenção da doença. Nem nós em casa, nem o comércio, as empresas, a restauração, a hotelaria, os serviços públicos, etc. Ninguém estava pronto para continuar a vida de forma a garantir segurança a quem trabalha e/ou procura os seus bens/serviços.
Foi preciso tempo para essa adaptação.
Meses passados, tudo começou a voltar ao normal: sem ajuntamentos nem festas, como é claro, mas o comércio e os vários serviços voltaram a laborar. Voltou a haver vida nas ruas.
No entanto, muitas lojas/cafés/restaurantes já não abriram mais. Não aguentaram esse confinamento.
Mas muitos ainda se aguentaram. Lutaram. Fizeram um esforço enorme para se preparar e cumprirem com as regras da DGS.
Hoje, ainda no primeiro mês de 2021, voltamos a receber instruções para confinar, excepto em 52 situações previstas na lei…
Não podemos compreender.
As ruas não estão desertas. Apenas vemos comércio local e restauração encerrado. Porquê?
Tanto se esforçaram para cumprir as regras de segurança. Estavam a cumpri-las de forma rigorosa e mandam novamente, só esses, encerrarem portas!?
Mas que confinamento é este!? Um confinamento só para alguns? Um confinamento que vai matar o que sobrou do comércio local do primeiro confinamento?
Não se compreende…