Saber que estavam grávidos de trigémeos foi um choque, não escondem Leda Lima e Pedro Bessa, de 35 anos, de Paços de Ferreira. “Foi espontâneo, não foi tratamento nem nada”, explicam. Planeavam ter filhos, mas não tão cedo, visto que casaram há cerca de um ano. Primeiro a notícia foi de que seriam dois e, uma semana, depois descobriram que afinal iriam ser três filhos.
São pais de primeira viagem. “Só pensei ‘ai meu Deus do céu que vivemos numa casa tão pequenina’. Mas é uma dádiva, agradecemos a Deus. É a melhor coisa que uma pessoa pode ter na vida”, refere a mãe.
Íris, Lia e Miguel nasceram prematuros. Somam agora seis meses e estão bem. São calminhos, o que já ajuda os pais, mas, assumem, são fonte de “muita despesa”. Por isso, este apoio do município, a que se candidataram, é mais que bem-vindo. “Três não é fácil, são fraldas, leite, é tudo… Graças a Deus temos ajuda de muita gente, mas às vezes não chega”, diz Leda Lima. Além disso, com três filhos não sabe quando poderá voltar ao trabalho.
Os dois pacenses admitem que não pensam ter mais filhos. “Já tivemos de trocar de carro e lá em casa as meninas já vão partilhar quarto, se tivéssemos mais íamos ter de mudar de casa”, brincam.
Esta foi a primeira vez que a Câmara de Paços de Ferreira entregou um cheque-bebé a trigémeos. Desde que a medida de incentivo à natalidade entrou em vigor, há cerca de um ano, já foram entregues cheques a 417 casais, dos quais 10 foram a gémeos, refere o vice-presidente da autarquia, Paulo Ferreira. “Esta medida tem grande impacto no nosso orçamento e é uma ajuda às famílias”, sendo um apoio que se junta a outros em vigor. Recorde-se que o cheque-bebé tem o valor de 500 euros. O vereador realçou que no próximo ano vão ser disponibilizadas centenas de novas vagas em creches e berçários gratuitos para habitantes do concelho.