O Instituto Nacional de Estatística (INE) lançou, recentemente, mais uma edição do Retrato Territorial de Portugal 2017, sendo que uma das áreas analisadas pelo documento passa pela sustentabilidade demográfica dos territórios.
Os dados mostram que o índice de envelhecimento demográfico, que relaciona os efectivos de população idosa e de população jovem, tem vindo a aumentar no nosso país, tendo passado de 68 idosos por cada 100 jovens, na década de 90, para 151 idosos por cada 100 jovens, em 2016. “Em duas décadas e meia a média nacional aumentou, assim, para mais do dobro”, refere o documento do INE.
O índice de envelhecimento traduz-se no número de pessoas com 65 e mais anos por cada 100 pessoas menores de 15 anos. Ou seja, um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do que jovens.
A região do Tâmega e Sousa continua a ser a mais jovem de Portugal Continental, com um índice de envelhecimento de 111,9. Apenas as regiões autónomas dos Açores e da Madeira têm índices menores, de 85,6 e 111,5 respectivamente. Na Área Metropolitana do Porto este índice sobe para os 141,5, ficando ainda abaixo da média nacional.
Lousada surge mesmo como o concelho de Portugal Continental com menor índice de envelhecimento – 84,3. O índice é de 87,6 em Paços de Ferreira; de 88,8 em Paredes; de 99,7 em Penafiel e de 111,4 em Valongo.
Apesar de a região ainda concentrar os municípios mais jovens do país, todos os concelhos têm vindo a aumentar o seu índice de envelhecimento nos últimos anos. Em 2011 era de 59,7 em Lousada; 61,3 em Paços de Ferreira; 64,1 em Paredes; 74,0 em Penafiel e de 82,0 em Valongo.
Num outro aspecto, o documento do INE mostra que, entre 2011 e 2016, apenas 34 municípios registaram uma evolução positiva da população. Em 15 casos, isso deveu-se a taxas de crescimento natural e migratório simultaneamente positivas. Valongo foi o único concelho da Área Metropolitana do Porto em que isso aconteceu. O relatório destaca ainda que em 13 municípios o crescimento positivo ficou a dever-se exclusivamente a um saldo migratório positivo e que apenas seis municípios registaram um crescimento efectivo positivo exclusivamente através da componente natural – Albufeira (Algarve), Maia (Área Metropolitana do Porto), Paços de Ferreira (Tâmega e Sousa), Sintra (Área Metropolitana de Lisboa), Lagoa e Ribeira Grande (Região Autónoma dos Açores).