A Associação Jornada Principal lançou um apelo à Câmara de Valongo face à crescente denúncia de casos recebidos sobre pragas de ratos e baratas na zona de Vilar, nas imediações do aterro de Sobrado.
A Autarquia confirma que já accionou uma empresa para desinfestar os espaços públicos com carácter de urgência.
Recorde-se que ainda no final da semana passada a mesma associação, que luta pelo encerramento do aterro explorado pela Recivalongo, atribuía as dezenas de picadas de mosquitos sofridas pela população que ali reside aos problemas de saúde pública causados por aquele equipamento. A empresa nega.
“A única solução para pôr fim a este problema é o encerramento do aterro”, alega Câmara
Numa missiva enviada à Câmara a Jornada Principal é clara: “Na sequência do aumento de queixas de pragas de baratas e de ratos na zona do Vilar, vimos por este meio solicitar a vossa actuação para a desinfestação das ruas com a máxima urgência possível”. Anexaram também várias fotografias de baratas reportadas pela população.
Contactado, o Município avança que “na sequência deste apelo da Associação Jornada Principal, os serviços da Divisão de Logística da Câmara Municipal de Valongo já solicitaram a intervenção urgente da empresa contratada para efectuar a desinfestação dos espaços públicos do concelho”.
Não atribuindo directamente culpas ao aterro, referindo que “independentemente desta situação em particular, cujas causas só poderão ser apuradas após o envio do relatório da empresa de desinfestação”, a Câmara sustenta que o actual executivo “continua, como sempre esteve, ao lado da população de Sobrado, tendo como principal objectivo o encerramento e a descontaminação do aterro que foi mal licenciado em 2007, constituindo efectivamente um problema de saúde pública para a população que vive nas proximidades” daquele equipamento.
“Estamos solidários e compreendemos o desespero da população sobradense. A única solução para pôr fim a este problema é o encerramento do aterro. Aguardamos com expectativa o desfecho da acção popular interposta pela Associação Jornada Principal, pois se o Tribunal decretar que o licenciamento urbanístico é ilegal, o aterro terá de ser encerrado”, acrescenta a Autarquia na resposta enviada.
Na semana passada, a Recivalongo apontava que os estudos realizados não apontavam para uma ligação entre a actividade do aterro e os insectos existentes e picadas reportadas pela população.