A ULS Tâmega Sousa debateu hoje, sexta-feira, a sexualidade na pessoa com deficiência, através da equipa de Fisioterapia e do Serviço de Psicologia.
A iniciativa surge no Dia Mundial da Saúde Sexual e reuniu especialistas e profissionais de saúde que abordaram um que ainda está “envolto em tabus e preconceitos”.
Na sessão de abertura, Nelson Pereira, diretor clínico para a área dos Cuidados de Saúde Hospitalares, destacou a importância de falar sobre esta temática, de forma a compreender com “clareza e responsabilidade”, a “sexualidade no contexto da deficiência”.
Clara Ferreira, fisioterapeuta da ULSTS e elemento da comissão organizadora, sublinhou que é “com a colaboração de todos que este tipo de iniciativa faz sentido”. Por ser uma temática sensível, muitas vezes envolta em algum preconceito, “os profissionais, ao focarem-se no tratamento de lesões, acabam por não se lembrar da importância da sexualidade”.
Também Daniela Mendes, em representação da diretora de Serviço, Márcia Mendes, e citada em nota de imprensa, reforçou “que a sexualidade é um direito humano”.
O evento acabou por incidir em temas como a sexualidade nas patologias neuromusculo-esqueléticas, o impacto da alimentação na saúde sexual e o papel da reabilitação na qualidade de vida dos utentes. A primeira mesa, moderada pela psicóloga Conceição Nogueira (FCEUP), contou com o testemunho de Catarina Oliveira, e intervenções de especialistas como Ana R. Pinho, investigadora da FPCEUP, e Bruno Ribeiro, psiquiatra da ULSTS. A sessão promoveu uma reflexão sobre a necessidade de transpor barreiras estigmatizantes e construir um diálogo inclusivo.
O segundo painel lançou “Um Olhar Interdisciplinar Sobre a Sexualidade na Pessoa com Patologia Neuromusculo-Esquelética” com duas sessões. Na primeira, moderada pela psiquiatra Carla Rio (ULSTS), participaram especialistas de Ginecologia, Enfermagem, Serviço social, Nutrição e Fisiatria, discutindo a abordagem interdisciplinar da sexualidade. A segunda, “A Equipa de Reabilitação – Funcionalidade e Qualidade de Vida”, moderada pela enfermeira Carla Nunes (ULSTS), contou com apresentações sobre saúde pélvica, estratégias de comunicação e facilitação da intimidade, com contributos de fisioterapeutas, terapeutas da fala e ocupacionais, reforçando a importância da abordagem integrada.