Desde logo, a na sequência de reuniões precedidas de quando em vez, de jantares/convívios mais ou menos secretos aqui e além, as promessas de empedramento de ruas, e/ou colocação de betuminoso por cima de paralelos, começam a ser o timbre deste novo modelo de gestão municipal.
Ao invés de agir, reage às críticas, aconteceu assim, com uma denúncia feita e bem, pela JS de Galegos, que deu conta de situações verdadeiramente calamitosas no que à falta de recolha de lixo diz respeito, e lá se vai reagindo às críticas e fazendo algo tardio, aqui e além.
Mas este modelo (já bem conhecido e gasto) nos protagonistas dada a previsibilidade da sua acção, agora conhece ainda um novo registo por parte do edil local:
O ataque suez, aos membros do governo da república, e não raras vezes igualmente aos eleitos da oposição, mormente à vereação.
Devia o senhor presidente ter a frontalidade e decência de atacar politicamente os seus adversários na presença dos próprios, mas não o faz porque tem medo de ser confrontado com a verdade dos factos, com a qual não convive minimamente, porque dela foge como “o diabo da cruz”.
Este comportamento recorrente, não augura nada de bom para o futuro, e diferentemente de quem o antecedeu no lugar, não sabe conviver com a crítica nem com a diferença de opiniões.
Mas é bom que se vá habituando, pois quem não é democrata, não tem dimensão, para liderar um concelho impar e capital como o nosso.
E não raras vezes estes cargos, adquiridos quase por usucapião, desvanecem-se com a realidade fáctica.
Que bom seria, ver o aparente “ódio” destilado pelo nosso edil, nas costas dos seus adversários, sê-lo feito na presença dos próprios…
Admiro e enalteço quem critica frontalmente dando a cara, e não com atitudes de atirar a pedra e esconder a mão, ou falando e às vezes quase gritando na ausência dos outros.
Incomoda profundamente o nosso edil ouvir as verdades, mas continuará a ouvir e a ver desmontadas acções e comportamentos no mínimo reprováveis de quem “usa e abusa” do poder municipal a troco de votos, para tentar se manter no poder custe o que custar.
Devia responder com rigor e exatidão às questões que colocamos, designadamente:
1 – Porque gere a câmara municipal que é das que pior paga na região?
2 – Porque apostou em acções e empreendimentos onde a relação custo/ beneficio não existe?
3 – Porque mal chegado à presidência da autarquia renovou o parque automóvel da presidência e vereação?
4 – Porque permite, enquanto líder que os penafidelenses se vissem privados de fruir de umas piscinas municipais durante vários anos, e faz a inauguração da requalificação das mesas a escassos dias do fim da época balnear?
5 – Porque permite e aceita que se iniciem obras (necessárias) de recuperação e ampliação em escolas do concelho, coincidentes com o decurso das aulas, quando houve meses sem aulas, onde podia e devia ter sido feitas essas benfeitorias?
6 – Porque permite e aceita que a câmara que lidera “usa e abusa” dos ajustes directos?
7 – Porque permite e aceita que a câmara que lidera, contraria pareceres técnicos da autarquia, propondo cedências de terrenos municipais a privados de forma gratuita?
8 – Porque permite e aceita que as nossas ruas andem em artérias principais “atoladas” de lixo e com cheiros nauseabundos?
9 – Porque permite e aceita que se discriminem as juntas de freguesia consoante a sua cor política?
10 – Porque permite e aceita que edifícios públicos do concelho sejam cedidos em alguns casos a entidades privadas, quando as associações integradas nas freguesias necessitam de espaços para desenvolver as suas atividades (muitas até de cariz social) e a CMP lhes veda essa possibilidade?
Pois, estas questões e muitas, mas muitas mais que se irão colocar doravante, podiam e deviam ser respondidas, mas não o são, porque incomodam, inibem e acima de tudo representam uma realidade dura de Penafiel, e nomeadamente desta gestão de direita conservadora, onde o populismo, a demagogia e o “controle”, ultrapassam e muito, a competência e o rigor que devem nortear a gestão municipal.