“Alargar Rota do Românico à região Norte” é um dos grande objetivos de Rosário Correia Machado que, a semana passada, regressou à direção deste projeto turístico-cultural que abrange vários monumentos e locais de interesse histórico.
Depois de ter estado cerca de quatro ano no Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Amarante, para onde foi em julho de 2021, revela que este regresso à Rota “não fazia parte” dos seus planos, mas sublinhou ao VERDADEIRO OLHAR que volta a uma casa que também é sua.
Para já, a grande aposta será este alargamento, algo que há uma década, na sua anterior passagem por esta estrutura, já estava projetado, mas acabou por ficar no papel. Agora “será consolidado”, revelou. Numa primeira fase, abraçará a região do Ave, num trabalho que já “havia sido iniciado e sinalizado”, conta Rosário Machado, elencando que falta apenas “formalizar esta parceria”. Dado que estamos em ano de eleições, só depois do ato eleitoral é que este processo será finalizado e, posteriormente, vamos projetar a entrada de “novos municípios e monumentos”, frisou.
Rosário Machado considera fulcral “a necessidade de se avançar” com estes projetos, porque tem que existir “uma estratégia regional ao nível do património”, sublinhando ainda que “a Rota do Românico é um grande exemplo para outras possíveis rotas a serem criadas”.
Rosário Machado é de Lisboa, mas está “apaixonada por este território”, para onde veio em 1997. Socióloga de formação, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, tem um doutoramento em Estudos Culturais, pela Universidade do Minho. Neste seu percurso profissional, contabiliza uma passagem por Moçambique, sendo que no Norte trabalhou na área do desenvolvimento regional, gestão e ordenamento do território.
A Rota do Românico reúne, atualmente, 58 monumentos e três centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.
As principais áreas de intervenção abrangem a investigação científica, a disseminação de conhecimento, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.