Há uma certeza: o próximo presidente do PSD Paredes será um Ricardo. Os militantes são chamados às urnas, este sábado, para escolher entre duas candidaturas, uma liderada por Ricardo Santos a outra por Ricardo Sousa.
Ambos defendem que é preciso aproximar o partido dos militantes e prepará-lo para as lutas eleitorais que se avizinham. Também afirmam que haveria pessoas mais consensuais para assumir uma candidatura à presidência da comissão política.
Recorde-se que estas eleições foram precipitadas pela demissão de Rui Moutinho, em Fevereiro deste ano.
“Preparar o partido para as guerras que se avizinham”
Ricardo Santos é engenheiro informático e militante há 12 anos. Entre os cargos ocupados destacam-se o de presidente da JSD, vice-presidente da Distrital da JSD Porto e o de membro da Assembleia Municipal de Paredes pelo PSD.
O jovem de Paredes acredita que esta experiência o preparou para assumir esta candidatura. “São 12 anos de serviço ao partido. Estive nos mais diferentes lugares do PSD e da JSD com humildade. Nestes tempos difíceis acho que o partido precisa de mim”, refere Ricardo Santos.
O seu projecto, baseado numa lista que junta “juventude e experiência”, está fundamentado em três vectores de intervenção. Primeiro Ricardo Santos diz que é preciso “rejuvenescer a sede do partido, fazendo pequenos arranjos com a ajuda de todos”. “Tem que ser um espaço confortável onde os militantes possam pensar e discutir política”, defende. A seguir é necessário “encontrar e ouvir toda a gente, com reuniões da comissão política descentralizadas e plenários nas freguesias”, para se conhecer os problemas do concelho e encontrar um modelo alternativo à solução socialista na Câmara de Paredes.
Ricardo Santos também tem por meta “preparar o partido para as guerras que se avizinham”, nomeadamente as eleições europeias. “O partido está desmotivado e desmobilizado pela derrota. Mas continuamos a ser o maior partido de Paredes. Precisamos de mobilização e renovação de pessoas”, salienta.
Nesta fase, o social-democrata diz que até acha importante que tenha surgido mais que uma lista candidata. “O que interessa é que a partir de dia 9 o partido se torne uno e as discussões se façam internamente”, defende.
“O partido precisa de se juntar às bases, mais do que nunca”
Já Ricardo Sousa, natural de Rebordosa, é militante há 25 anos e também já passou por vários cargos. O gestor de empresa foi também presidente da JSD e membro da Assembleia Municipal, tendo chegado a liderar o grupo parlamentar do partido nesse órgão.
“Acho que posso ajudar a tornar o PSD mais forte para os anos que se avizinham”, garante Ricardo Sousa. “Disse em plenário e em diversas reuniões que haveria pessoas mais consensuais do que eu, e que se avançassem eu não avançaria”, sustenta o candidato. Mas perante um cenário em que esses militantes não avançaram diz ter decidido colocar-se “ao serviço do partido”.
Uma lista “consensual não seria pior para o partido”. Como isso não foi possível diz estar disponível para trabalhar a partir de sábado com os opositores, quer ganhe ou perca.
Ricardo Sousa defende que “o partido precisa de se juntar às bases, mais do que nunca” e tornar-se mais próximo das pessoas.
Por isso, entre os seus objectivos estão a criação de núcleos do PSD em todas as freguesias. Quer ainda “ter um congresso concelhio onde representantes de todas as freguesias possam participar e ter voz activa para discutir o partido e o concelho”.
Para mobilizar o PSD Paredes, outro dos projectos passa por organizar uma Convenção Autárquica Concelhia daqui a alguns meses.
“Queremos preparar o terreno para a próxima eleição e recuperar parte daquilo que perdemos”, assume Ricardo Sousa. “O nosso mandato não chega às autárquicas, mas temos uma eleição europeia e é preciso ganhar para mostrar que continuamos a ser o maior partido do concelho. E a partir daí trabalhar as legislativas e as autárquicas”, acrescenta.
Segundo o candidato, o grupo que lidera é formado por pessoas que se identificam com o projecto e têm diferentes experiências. “Todos são importantes na defesa do PSD”, argumenta.