As obras da Casa da Democracia Local vão recomeçar, depois de terem sido suspensas, em março do ano passado, por alegado incumprimento do empreiteiro.
O auto de consignação da nova empreitada realiza-se sábado, dia 10 de fevereiro, às 11h30, no Auditório Dr. António Macedo do Fórum Vallis Longus, e os trabalhos foram adjudicadas pelo valor de cerca de 14 milhões de euros, tendo um prazo de execuação de 480 dias.
O edifício, que está a ser construído nos terrenos entre a avenida Emídio Navarro e a rua Visconde Oliveira do Paço, vai albergar os Paços do Concelho, que, há quase 35 anos, estão instalados, de forma provisória, no rés-do-chão de um prédio de habitação.
Recorde-se que, a construção Casa da Democracia Local, que vai servir de sede à Câmara Municipal, arrancou a 5 de agosto de 2021. A obra deveria estar concluída em dois anos e custar 10,6 milhões de euros. Mas, em março de 2023, foi suspensa, levando a autarquia a rescindir o contrato e aplicar uma sanção contratual no valor de 870.423,68 euros e a emitir uma ordem de reforço dos meios de produção, que não foi cumprida pelo empreiteiro.
Lançado novo concurso, a obra acabou adjudicada à Atlântinível – Construção Civil, Ld.ª. pelo preço contratual de 13.994.003,26 euros.
A Casa da Democracia Local vai albergar todos os serviços administrativos da autarquia que se encontram dispersos pelo município de Valongo, e “mais do que um edifício de serviços político-administrativos, será sobretudo um espaço aberto à participação da comunidade, com espaços dedicados à Cultura e à Cidadania”, exalta a edilidade, em comunicado.
“Temos muita esperança neste novo espaço para a comunidade, que será um local de visitação, de encontro e de debate, onde vamos privilegiar a interação com os cidadãos e consagrar os valores da Democracia”, diz o autarca de Valongo, José Manuel Ribeiro.
Da autoria do arquiteto Miguel Ibrahim, o projeto que remete para a figura da trilobite, marca geológica mais antiga deste território, permitirá acolher uma humanização do novo edifício e da Praça, como espaço de apropriação e utilização pública, reconhecendo desde o primeiro momento o potencial e o valor estratégico dos elementos patrimoniais do concelho de Valongo (Serras e Rios, Trilobites, Romanos, Regueifa e Biscoito, Brinquedo Tradicional Português, Bugios e Mourisqueiros, Ardósia, Santuário de Santa Rita, Ferroviários).