Devia ter chegado até ao final de 2021, mas “devido à enorme procura de equipamentos no mercado internacional” houve “atraso na entrega”, explica o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), Carlos Alberto Silva.
Mas o tão ansiado equipamento de ressonância magnética, aguardado há cerca de 20 anos, será uma realidade no Hospital Padre Américo, em Penafiel, ficando disponível “até ao fim do mês de Abril”, adianta.
O investimento estimado para as obras de adaptação do espaço e do equipamento em si é de 1,6 milhões de euros.
“Passaremos a dispor de um equipamento que evita as deslocações dos nossos utentes para outros locais, tornando assim mais rápidos todos os processos”, admite Carlos Alberto Silva, concordando que “este equipamento já era um anseio antigo que agora se concretiza”. Só em 2021, dá como exemplo, foram “solicitadas ao exterior cerca de 8.000 exames de ressonância magnética”.
Recorde-se que, quando foi construído o Hospital Padre Américo foi reservada uma sala para instalar uma máquina de ressonância magnética, mas o equipamento nunca foi instalado e ficou a aguardar disponibilidade financeira. Até agora, os utentes que necessitassem deste exame tinham de o fazer fora da unidade hospitalar, em privados com os quais o serviço é protocolado.
O equipamento vai, por isso, dar “mais conforto” aos doentes que “não necessitarão de se deslocar a outro local”, havendo ainda “redução dos custos com os exames realizados no exterior e os custos com os transportes associados aos mesmos”.
Na semana passada, o centro hospitalar divulgou que começaram as obras para a instalação do equipamento. “O crescimento da actividade do hospital nos últimos anos, bem como a sua diferenciação e complexidade acrescidos, com novas especialidades, mais profissionais e maior capacidade de resposta às diferentes patologias, sem necessidade de recurso tão assíduo aos hospitais centrais do Porto, tornavam este equipamento absolutamente prioritário”, referia.
O CHTS serve uma população de cerca de 500 mil pessoas (aproximadamente 5% da população portuguesa), distribuída por 12 concelhos em quatro distritos.