Na última semana de 2016, o britânico The Guardian elegeu o Programa das Energias Renováveis em Portugal como o 3.º dos 12 acontecimentos mais relevantes em ciência do ano. Já a CNN tinha noticiado mundialmente o feito de, durante 4 dias em maio, o consumo elétrico em Portugal ter estado a ser abastecido exclusivamente por energia renovável. Neste domínio, Portugal é um exemplo a nível mundial. Uma aposta dos governos de José Sócrates, continuada por António Costa, que não só atinge as metas de Bruxelas como é um dos países com mais capacidade instalada, investindo no aproveitamento da energia solar, eólica e outras tecnologias renováveis.
O El País questionava qual o segredo de Portugal para melhorar em cerca de 30 pontos nos testes de PISA (Programme for International Student Acessement) da OCDE. Foi a primeira vez que Portugal ficou acima da média da OCDE. Este também foi um programa muito acarinhado por José Sócrates e continuado pelos governos seguintes. Infelizmente para nós, os mais fracos alunos avaliados neste programa pertenceram às regiões do Baixo Tâmega e Tâmega e Sousa, incluindo o concelho de Paredes. Esta é uma prova de que não são os edifícios caros e as convicções caseiras que fazem as boas escolas.
“A espetacular melhoria de Portugal não se limita ao PISA, mas também nos indicadores TIMSS (Trends in Internationsl Mathematics and Science Study). Portugal deixou de ocupar o penúltimo lugar de todos os países analisados para ser o 13.º de 49, muito distante, por exemplo de Espanha. É o país que mais melhorou nestas décadas”.
Apesar do ceticismo inconsequente e bacoco da direita (PSD e CDS), Portugal foi um sucesso em 2016, tanto dentro como fora do país. Para este sucesso terá também contribuído o inesperado bom relacionamento com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa e a nomeação de António Guterres (outro socialista) para o cargo de secretário-geral da ONU. Os portugueses despediram-se de 2016 em clima de estabilidade e encaram 2017 com mais confiança e alegria.
O nosso sucesso mede-se também pelos indicadores de confiança externa. As vozes críticas mas elogiosas da União Europeia, do FMI, da OCDE e da imprensa internacional, são fundamentais para reforçar a confiança e legitimar o reconhecimento das nossas conquistas.
Se 2016 foi um bom ano, tenho a convicção de que 2017 também o será.