Verdadeiro Olhar

Rastreios da saúde da visão infantil alargados aos centros de saúde da região

O Rastreio da Saúde da Visão Infantil (RSVI), projecto piloto implementado na Região de Saúde do Norte em 2016, vai voltar a ser alargado, desta vez a todas as crianças com dois anos de idade inscritas nas Unidades de Saúde da Região Norte. Segundo a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) serão convidadas a participar neste rastreio gratuito, onde, através de um exame simples e indolor será detectada a ambliopia ou o risco de a poder vir a desenvolver.

Em comunicado, a ARS Norte recorda que o projecto começou por envolver quatro Agrupamentos de Centros de Saúde e dois Centros Hospitalares (CH São João e CH do Porto) do Grande Porto, mas em 2017 passou a abranger 12 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) e seis Hospitais/Centros Hospitalares.

“Durante esta fase rastrearam-se 13.564 crianças, com uma participação de 67% das crianças convidadas, sendo que destas 12,6% (1.710) foram referenciadas para consulta e acompanhamento na especialidade de oftalmologia em ambiente hospitalar”, explica nota de imprensa. Das que foram avaliadas “verificou-se a necessidade de prescrição de óculos a 36,3% dessas crianças”, sendo as principais patologias identificadas astigmatismo, hipermetropia, miopia e estrabismo.

“Tendo presente o sucesso e resultados obtidos, de 13 a 29 deste mês o RSVI vai ser alargado a todos os ACES (21) e Unidades Locais de Saúde (3) da região, proporcionando, desta forma, uma cobertura total à população elegível, aproximadamente 28.000 crianças anualmente”, refere a ARS Norte.

As crianças são depois convidadas para um segundo momento de rastreio aos quatro anos de idade.

A iniciativa do Serviço Nacional de Saúde visa evitar problemas graves na visão com grande repercussão no futuro dos cidadãos nomeadamente a Ambliopia.

De referir que a ambliopia é uma disfunção do processo visual, que é a razão mais frequente de perda de visão unilateral entre os 20 e os 70 anos. As causas da doença instalam-se muito precocemente e a gravidade aumenta com a idade, com risco de perda visual igualmente no olho bom. A identificação precoce dessas origens e o seu tratamento em tempo útil, terão como resultado uma diminuição da prevalência e da gravidade da doença.