Trimestralmente, a Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) faz contas ao tempo que as 308 câmaras municipais do país demoram a pagar dívidas aos fornecedores e divulga uma lista com o prazo médio de pagamentos. Durante anos a fio, Paços de Ferreira foi o município com maior prazo médio de pagamento da região e com um dos maiores do país. Chegou a demorar 1.363 dias, quase três anos e nove meses, para pagar uma factura aos fornecedores.
Na semana passada, a DGAL divulgou a última lista dos municípios com prazo médio de pagamentos superior a 60 dias. Pela primeira vez desde que a DGAL produz esta listagem, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira ficou de fora da lista. Isso significa que, no segundo trimestre de 2019, a autarquia pacense já liquidava as suas facturas em menos de 60 dias.
Neste mesmo espaço, censurei por diversas vezes os elevados prazos de pagamento a fornecedores praticados pelo Município de Paços de Ferreira, pois entendo que o dinheiro público deve ser gerido de forma rigorosa e que o Estado deve ser uma pessoa de bem e pagar a tempo e horas. Por isso, entendo que, agora, é tempo de salientar o esforço financeiro da autarquia pacense, que conseguiu passar de um prazo de quase quatro anos para pouco mais de 30 dias.
Pagar atempadamente aos fornecedores, para além de ser uma questão de justiça, tem evidentes vantagens reconhecidas ao nível da economia local e regional, melhora a relação entre autarquia e fornecedores, para além de claras vantagens no preço a que se adquirem os produtos e serviços.