O PSD questionou, esta quinta-feira, o executivo municipal sobre a redução do horário da Polícia Municipal de Paços de Ferreira.
José Costa, do PSD Paços de Ferreira, questionou mesmo o chefe do executivo se a redução do horário não poderá fazer com que os agentes da policia municipal deixem de ter condições para exercer as actividades que lhe estão atribuídas.
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, esclareceu que não existe qualquer desinvestimento por parte do município na polícia municipal, e que os serviços que lhe estão atribuídos nunca estiveram em causa, podendo ser executados em horário de expediente.
O autarca reconheceu que a progressão na carreira é um tema transversal a outras carreiras e profissões, adiantando que a polícia municipal foi criada para exercer determinadas funções, não sendo possível entrar na administração pública para depois serem técnicos superiores.
“A progressão na carreira é um tema transversal, sabemos quanto custa repor todas as carreiras. A Polícia Municipal foi criada para determinadas funções. Não é possível a todos os funcionários tirarem cursos superiores. A Polícia Municipal não pode entrar na administração pública para depois serem técnicos superiores”, disse, recordando que foi o seu executivo que pagou mais de 50 mil euros em horas extras que o PSD não tinha liquidado.
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira destacou, também, que nem todos os elementos da Polícia Municipal se revêm neste tipo de abordagem nem com os protestos, confirmando total solidariedade e apoio à actual comandante da polícia municipal.
“A policia municipal não está disponível para assegurar a actividade ao fim-de-semana, mostra indisponibilidade para transportar os sinais de trânsito. Há agentes que não se revêem neste tipo de contestação que têm como propósito atingir a comandante deste corpo . Em questões de autoridade, a senhora comandante é uma funcionária competente, diligente e responsável. Garantimos-lhe o nosso apoio e vamos mantê-la no cargo”, avançou, salientando que a rácio de agentes deste corpo está dentro dos parâmetros normais.
“Lousada tem apenas cinco policiais municipais. A nossa rácio enquadra-se dentro daquilo que são os parâmetros normais. Não estão em causa questões de segurança que entendemos ser da GNR. A GNR está cá para trabalhar. Houve reforço de efectivos quer em Paços de Ferreira quer em Freamunde.”, sustentou, sublinhando que da parte das escolas e dos directores não houve nenhuma queixa relativamente à polícia municipal.
Miguel Martins, do PSD, assumiu que o que está em causa é um problema de segurança, recordando que há alunos que saem para além das 17h00, fora do horário de expediente.
“A Polícia Municipal sai às 17h00 e os alunos saem depois dessa hora. Preocupa-se a segurança dos alunos. Não vejo a polícia municipal nem a GNR. É importante ter a polícia municipal à saída das escolas”, apontou, questionando o executivo municipal da sua estratégia para o corpo da Polícia Municipal nos próximos anos.
Refira-se que o PSD Paços de Ferreira já tinha colocado várias questões ao actual executivo socialista referentes à importância e contributo da polícia municipal na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais, à redução do seu número de efectivos de 20 para 12, assim como “o desinvestimento”, e à insuficiência de recursos humanos.